Milhares de mariposas novamente se aglomeraram na ponte do Rio Jaru. Pequenos acidentes como queda de motociclistas e até a perca do controle de uma carreta foi ocasionado na noite de ontem pela a presença dos insetos, que vieram atraídos pelas luminárias da ponte e formaram uma espessa e lisa camada na via.
Diante a eminencia de acidentes, a Policia Rodoviária Federal, se dirigiu ao local e manteve o controle do trafego na travessia da ponte. De acordo com o inspetor da PRF Barth, é necessário que os condutores tenham cuidado redobrado ao fazer este trajeto a noite, tendo em vista que a pista fica escorregadia, quase que impossibilitando frenagem, e até mesmo a condução normal do veículo. O Corpo de Bombeiros foi acionado para ajudar na limpeza da via, mas devido a quantidade de insetos não obteve total êxito nos trabalhos, sendo também chamado no local, o Secretário Municipal de Obras, Geneci Lima, que se comprometeu a realizar a limpeza nesta manhã.
Explicação para o fenômeno
De acordo com o zootecnista e diretor do Zoológico de Bauru (SP), Luiz Pires, que analisou uma situação idêntica ocorrida no estado de São Paulo, a tal ‘borboletinha’ é na verdade uma mariposa, até porque, segundo ele, as borboletas não voam no período noturno.
De acordo com Pires, a mariposa se reproduz nessa época incentivada pelo calor e chuva. “Ela sai para o vôo onde se acasala e faz a postura na água. Os ovos afundam na água dando origem a uma larva. Essa mariposa existe no Brasil e em outros países. ”
Na opinião dele, o que pode estar acontecendo é um desequilíbrio. Os predadores naturais que se alimentavam dessa larva, principalmente algumas espécies de peixes, devem ter deixado de existir, por isto elas estão se reproduzindo em grande escala.
O forte odor exalado pela mariposa morta (cheiro de peixe podre) é típico. “O é proveniente de muita matéria orgânica. Se as fêmeas morrem sem depositar os ovos, esses ovos apodrecem e provocam o odor. ” O zootecnista explicou que as mariposas que possuem um traseiro amarelo, costumam aparecerem por volta das 20h30 elas permanecem vivas por cerca de uma hora e morrem sozinhas, após desovarem. ”
Para Pires, a única forma de não receber a indesejável visita das mariposas é deixar as lâmpadas apagadas, uma vez que elas são atraídas pela luminosidade artificial.
Jaru: Insetos causam acidente envolvendo cinco veículos na Ponte do Rio Jaru