Jaru Online
Jaru, 28 de março de 2024

Polícia Federal faz operação contra tráfico internacional de drogas

A doleira Nelma Kodama foi presa na manhã desta terça-feira (19), em Portugal , durante uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional.

Ela é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico e chegou a ser condenada na Operação Lava Jato.

Outras cinco pessoas foram presas no Brasil, entre elas o ex-secretário estadual de ciência e tecnologia de MT, Nilton Borgato, que se licenciou do cargo para disputar uma vaga de deputado federal.

O advogado de Nilton Borgato, Luiz Derze, disse que ainda não teve acesso ao processo e que o mandado não faz menção ao que está sendo investigado. Ele afirmou que Nilton está a disposição da Justiça e que a defesa está em busca de ter acesso aos autos.

O ex-secretário está na Polícia Federal e deve ser encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) enquanto aguarda o agendamento da audiência de custódia.

A operação, batizada de Descobrimento, cumpre nove mandados de prisão na Bahia – onde a operação foi iniciada –, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco e dois mandados de prisão em Portugal.

No Brasil, também foram decretadas medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.

Nas investigações, a PF contou com a colaboração da Drug Enforcement Administration (DEA), uma agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.

Quem é Nelma Kodama

Nelma Kodama era ex-mulher do doleiro Alberto Youssef. Em outubro de 2014 foi condenada, em primeira instância, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa.

Investigações

As investigações começaram em fevereiro de 2021, quando meia tonelada de cocaína foi apreendida no táxi aéreo de uma empresa portuguesa, no Aeroporto Internacional de Salvador. A droga foi encontrada enquanto a aeronave era abastecida. Na ocasião, cinco pessoas foram conduzidas para Polícia Federal. Na época, no entanto, a PF e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não informaram se o grupo ficou preso.

Com a apreensão, a polícia conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa, que atuava no Brasil e em Portugal. Segundo a PF, os investigados são fornecedores da cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares, que abriam a aeronave para guardar a droga. Além disso, transportadores dos voos e doleiros eram os responsáveis pela movimentação financeira do grupo criminoso.

Fonte: g1,RO

COMPARTILHAR