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Jaru, 19 de abril de 2024

PMs salvam bebê de 3 meses que se sufocou ao aspirar algodão pela traqueostomia em RO

Três policiais militares salvaram uma bebê de três meses que se engasgou e se sufocou com um algodão, enquanto a mãe fazia a limpeza da traqueostomia da filha, na casa onde moram, no Setor 10, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari. O caso aconteceu na última terça-feira (9). A menina voltou a respirar dentro da viatura da PM, quando seguiam a caminho do Hospital Regional do município.

A mãe da pequena Cássia Roberta, contou ao G1 que fazia a limpeza do orifício da traqueostomia com um cotonete, como sempre faz, mas que desta vez, passou por cenas de terror e pânico por não saber o que fazer naquela situação.

“Eu estava limpando ao redor da entrada, daí o algodão da ponta do cotonete se soltou e nisso ela aspirou esse algodão e começou a se sufocar. Depois, ela começou a ficar mole e buscando fôlego, foi quando entrei em desespero e minha irmã já saiu correndo pra pedir socorro na rua. Aí ela viu a viatura passando em outra rua e eles vieram nos socorrer”, disse Camila Araújo, de 23 anos.

Policiais, mãe e bebê se reencontraram nesta quarta-feira (10).  — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Policiais, mãe e bebê se reencontraram nesta quarta-feira (10). — Foto: Rede Amazônica/Reprodução

Camila explicou que a filha faz uso da traqueostomia por conta de dificuldades respiratórias ocorridas durante o período que ficou entubada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). A mãe ainda revelou que morava em Alto Paraíso (RO) e que o médico demorou para encaminhá-la a Porto Velho, onde faria a cesária, por ser de risco.

“A Cássia ficou muito tempo entubada, desde que nasceu ela ficou na UTI. Então o tubo lesionou o canal respiratório dela, vindo a ter dificuldades pra respirar. O médico demorou quatro dias para para me encaminhar pra Porto Velho e lá, a cirurgia foi de risco, por que ela já estava tendo parada cardíaca dentro da minha barriga, então foi tudo um sofrimento”, explica.

Socorro

Segundo o cabo da PM, Jonatas Gambati, a guarnição fazia patrulhamento pelo bairro, quando se depararam com a irmã de Camila, que estava em desespero pedindo socorro pela rua.

“Nos deparamos com a mulher no meio da rua pedindo socorro. Inicialmente não entendemos que era uma criança que estava passando mal, pois ela não conseguiu expressar isso pra gente de tanto desespero. Ela só falava que a menina estava morrendo, mas não disse que era engasgada, aí entramos na casa e vimos que a criança estava na cama e sem conseguir respirar”, detalhou.

A partir daí, os policiais iniciaram os trabalhos de salvamento e entraram com a mãe e a criança na viatura para se deslocarem até o Hospital Regional do município.

Sensação para os policiais que salvaram a pequena Cássia Roberta é de heroísmo.  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Sensação para os policiais que salvaram a pequena Cássia Roberta é de heroísmo. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

“Nesse percurso, ela parou de respirar duas vezes e começou a ficar roxa, mas quando a gente chegou no Hospital, colocamos ela direto na maca do pronto-socorro e ela foi atendida rapidamente”, disse o cabo Jonatas Gambati.

Dentro da viatura, o soldado da PM Marcelo Aguiar era quem fazia os procedimentos de massagem cardíaca em Cássia, na tentativa de recuperar a respiração dela. O policial contou que já passou por momentos parecido com o filho, e que apesar do susto, conseguiu manter a tranquilidade.

“Certa vez meu filho se engasgou e eu tive que sair correndo com ele às pressas. Na hora, recordei toda essa situação que passei e me coloquei no lugar da mãe. Apesar do susto, conseguir lidar com tudo, raciocinar e fui fazendo o procedimento da massagem cardíaca. No começo não consegui ver o algodão, mas ele foi saindo e consegui retirar próximo ao hospital, e ela foi voltando a respiração”, revelou Marcelo.

Depois de receber os primeiros atendimentos no Hospital Regional, Cássia foi encaminhada ao Hospital da Criança, onde ficou internada em estado de observação, mas recebeu alta nesta quarta (10) para voltar pra casa.

Sentimentos

O cabo Jonatas Gambati disse que ainda não consegue explicar os emoção por tudo que o ocorreu, mas que foi uma sensação que lhe motivou bastante.

“Quando a gente sai, combate o crime e prende criminosos, é algo que nos fazem bem também. Mas como esse salvamento foi uma coisa atípica do nosso do nosso cotidiano, é como se realmente a gente se sentisse como um herói. É um sentimento diferente, que não tem explicação”, contou.

Já o soldado Marcelo Aguiar disse que se sente muito feliz por poder ter ajudado no salvamento da criança e desejou que a menina cresça com saúde.

Emocionada, Camila Araújo agradeceu aos policiais por todo o trabalho que eles realizaram para salvar a vida da filha.

“Foi Deus que colocaram os policiais naquele momento pra passarem na rua, pois se não fosse isso, eu não sei o que teria acontecido, por que eu estava totalmente em pânico e sem reação. Passado os momentos de terror, senti um alívio muito grande, fiquei muito feliz e extremamente agradecida aos policiais”, aclamou.

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