As medidas judiciais são cumpridas em São Paulo, Pernambuco, Rondônia, Minas Gerais e Alagoas. Segundo os investigadores, um painel de consulta era oferecido, principalmente pelas redes sociais. Os interessados podiam fazer “planos” de mensalidades para realizar as consultas.
Ao todo, a plataforma contava com cerca de 10 mil assinantes, com média de 10 milhões de consultas mensais. Os policiais informaram ainda que, entre os usuários, havia membros de facções criminosas e até membros de forças de segurança.
Para os servidores públicos, o acesso era gratuito. Para isso, o membro da força de segurança interessado precisava enviar foto da carteira funcional.
“Dessa forma, os criminosos obtiveram cadastro, com foto, de milhares de servidores da segurança pública e também forneciam esses dados”, explicou a PF.
Crime
A PF informou que o uso e a comercialização de sistemas de pesquisas ilícitos fomenta uma “indústria de intrusão em bancos de dados”. Além disso, a prática ainda incentiva a ação de grupos especializados nesse tipo de crime.
As penas para a invasão de dispositivo informático, lavagem de bens ou valores e organização criminosa podem chegar a 23 anos de reclusão, sem prejuízo de que, com a continuidade das investigações, os suspeitos possam responder por outros crimes em que tenham envolvimento.
G1