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Jaru, 22 de novembro de 2024

PF investiga atuação do suposto líder de um grupo criminoso em RO de dentro de penitenciária

A Operação Domain foi deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (24) para o cumprimento de três mandados de prisão preventiva em Porto Velho, Ariquemes (RO) e Campo Grande. A ação é resultado da Operação Deforest 2, iniciada em março deste ano, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada à exploração ilegal de madeira em Porto Velho.

De acordo com informações da Polícia Federal, após análise dos materiais apreendidos na Deforest 2, foi identificado que o grupo criminoso permaneceu atuando, mesmo com o suposto líder da organização preso. Segundo investigações, ele estaria repassando ordens de dentro da unidade prisional para que os crimes continuassem sendo praticados.

Em uma operação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), foram apreendidos cerca de 4 mil m³ de madeira ilegal nas empresas relacionadas ao grupo, o que totaliza cerca de R$ 3,8 milhões em valor de mercado.

Por isso, ainda de acordo com a Polícia Federal, apesar do líder da organização criminosa estar preso, ele ainda detinha o controle da administração das madeireiras e sabia que as empresas permaneciam comercializando madeira ilegal.

Os presos serão ouvidos na sede da PF e poderão responder pelos crimes de organização criminosa, extração ilegal de madeira, falsidade ideológica, inserção de dados falsos e lavagem de capitais.

Operação Deforest 2

Madeira localizada durante investigações da operação Deforest 2, em Rondônia — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Madeira localizada durante investigações da operação Deforest 2, em Rondônia — Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Operação Deforest 2 foi deflagrada em março de 2020 com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na extração ilegal de madeira em áreas de preservação em Ponta do Abunã (RO), distrito de Porto Velho.

As investigações iniciaram através de relatórios de órgãos ambientais e informações obtidas em operações anteriores, que relataram extração ilegal de madeira das terras indígenas, florestas e parques nacionais.

Durante as investigações, constatou-se que grande parte das madeiras vinham de áreas de preservação da União. As madeiras extraídas eram comercializadas com Documentos de Origem Florestal (DOFs) falsificados.


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