Segundo a polícia, a operação é “uma continuidade dos trabalhos de retirada de invasores do território, além de uma forma de prevenção, para que pessoas não adentrem e permaneçam no local sem permissão legal”.
Nesta segunda-feira, os policiais encontraram ponte de madeira dentro da área indígena. Essa estrutura era usada pelos invasores para retirar madeira de forma ilegal de dentro da reserva.
Após o flagrante, a estrutura foi isolada e inutilizada com o uso de explosivos. Nenhum suspeito foi encontrado na área, mas a polícia diz que vai seguir com a investigação.
Flagrantes em maio
No dia 11 de maio, a PF também realizou uma operação na Terra Indígena Karipuna para combater invasão. Na ocasião os agentes encontraram 12 pontos de desmatamento, além de 20 madeireiras e serrarias instaladas nas proximidades da reserva.
![Em primeiro dia da ação, agentes encontraram madeireiras perto da reserva — Foto: PF/Reprodução](https://s2-g1.glbimg.com/dyasa9d2Q2o2-6IlimOCXpRTalk=/0x0:1280x960/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/p/P/uxcaH9R2Gv96CfuRBHPw/whatsapp-image-2023-05-11-at-15.58.14.jpeg)
Em primeiro dia da ação, agentes encontraram madeireiras perto da reserva — Foto: PF/Reprodução
A ação para retirada de invasores da Terra Indígena Karipuna prendeu um suspeito e suspendeu as atividades de 14 empresas.
Doze madeireiros flagrados na região vão responder pelos crimes de extração ilegal, inserção de dados falsos no sistema de controle ambiental e receptação de madeira ilícita. Mais de 7,4 mil m³ de madeira foi apreendido e R$ 1,5 milhão de multa aplicado.
TERRA INDÍGENA MAIS DESMATADA
A Terra Indígena Karipuna tem mais de 150 mil hectares de área e fica situada a 100 quilômetros da área urbana de Porto Velho.
No ano passado, um relatório do Observatório da BR-319 apontou que a Terra Indígena Karipuna foi a mais desmatada entre as 69 áreas indígenas que ficam no entorno da rodovia federal BR-319.
De janeiro a dezembro foram 1.733 hectares desmatados na TI Karipuna, basicamente metade de todo o desmatamento registrado nas 10 terras indígenas localizadas no eixo da BR.
2022 também foi o que a T.I mais queimou, concentrando o maior número de focos de queimadas, de acordo com dados do relatório.