O médico Rodrigo Mezzomo que atende na rede pública de saúde do município de Ouro Preto do Oeste, fez um alerta importante trata-se do surto de conjuntivite que afeta os moradores da região. Olhos vermelhos, doloridos, coçando e lacrimejando este é o quadro clinico das pessoas cerca de 30 por dia que procuram atendimento médico no Hospital Municipal Dra. Laura Maria Braga de Ouro Preto do Oeste e são diagnosticadas com conjuntivite. O diretor da unidade hospitalar Boby Charlton Goes Gil conformou a fala do médico e afirmou que dentro do planejado todas as pessoas que estão procurando atendimento estão sendo atendidas pela equipe médica de plantão 24 horas por dia e caso seja necessário pode ser internadas.
“Normalmente no inverno, a lágrima fica alterada para compensar a baixa umidade do ar e a baixa temperatura e isso aumenta as chances das pessoas se infectarem, o que torna a doença mais freqüente nesta época. Mas neste ano isto está mais frequente do que o normal. Aumentou a incidência da doença”, diz o médico Rodrigo Mezzomo que ao fazer o atendimento orienta o paciente a procurar um médico especialista no caso oftalmologista, profissional capacitado para prescrever qual o tipo de medicação a ser receitada.
O médico Rodrigo Mezzono disse que a maioria das pessoas não procuram atendimento médico nas unidades de saúde e sim se automedicam indo a farmácia e compram um colírio sem prescrição médica, diante do quadro o profissional médico orienta a população a não se automedicar. “Atualmente já existe um quadro de anormalidade na qual foi detectado um aumento nos casos da doença no município”, explicou o Dr. Rodrigo Mezzomo.
Dr. Rodrigo Mezzomo fez o alerta quanto ao surto de conjuntivite em Ouro Preto do Oeste
Saiba mais sobre a conjuntivite
A conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.
A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro. Costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão.
A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica. Como muitas pessoas tem essa dúvida, abaixo você consegue distinguir as 3 principais (alérgica, viral e bacteriana):
• Os três tipos de conjuntivite costumam causar secreção nos olhos. Enquanto na bacteriana a secreção é purulenta, na viral e alérgica a secreção costuma ser mais aquosa.
• Na forma viral, outros sintomas de virose costumam estar presentes, como dor de garganta, espirros, tosse e mal estar.
• A forma alérgica costuma afetar os dois olhos ao mesmo tempo, enquanto a bacteriana e a viral primeiro afeta um dos olhos e, dias depois, o outro.
• Linfonodos palpáveis na região posterior das orelhas costumam estar presentes nas formas bacterianas e virais, diferente da alérgica, que não costuma apresentá-los.
O diagnóstico não é fácil de fazer e, muitas vezes, os oftalmologistas erram, dando diversos colírios que possuem antibióticos para conjuntivites que não necessitam, como a viral e a alérgica.
Grupos e fatores de risco – Estar com a imunidade baixa pode ser um fator de risco da conjuntivite. Estar com as mãos sujas, não trocar constantemente as roupas de cama e toalhas também pode facilitar o contato com a doença. Outro fator que pode trazer risco é a predisposição a doenças autoimunes ou virais.
Os grupos mais propensos a terem o problema são:
• Pessoas alérgicas;
• Recém-nascidos;
• Trabalhadores que trabalham com estilhaço de metais e vidros e não utilizam os óculos de proteção;
• Pessoas que tenham contato com produtos de limpeza;
• Pessoas que trabalham na manipulação de medicamentos e produtos químicos sem o uso dos óculos de proteção.
Sintomas da conjuntivite – Os principais sintomas da conjuntivite são:
• Olhos vermelhos;
• Coceira;
• Pálpebras inchadas;
• Secreção purulenta, no caso de conjuntivite bacteriana;
• Secreção esbranquiçada, no caso de conjuntivite viral;
• Visão borrada;
• Ao acordar, o paciente tem dificuldade em abrir os olhos;
• Sentir dor nos olhos ao olhar para lugares com claridade;
• Sensação de areia nos olhos.
Diagnóstico – O médico especialista em realizar o diagnóstico da conjuntivite é o oftalmologista.
O primeiro passo é descobrir o tipo de conjuntivite (alérgica, bacteriana ou viral).
Para isso, ele um exame conhecido como bomicospia é feito, através de um aparelho que aumenta a imagem, no mínimo, 10 vezes, realizando uma detalhada avaliação. Após isso, o médico, através da instilação de fluoresceína, detecta possíveis lesões na córnea.
Tratamento – O tratamento pode ser feito com compressas embebidas em soro fisiológico e colírios indicados pelo médico, além de ser muito importante limpar os olhos com frequência.
É muito importante consultar o médico para fazer o tratamento, pois é ele quem indicará o tipo de conjuntivite e, consequentemente, o tratamento. O uso do colírio correto é fundamental pois existem alguns anti-inflamatórios, outros antibacterianos e outros antialérgicos.
Compressas à base de camomila podem acalmar os sintomas da conjuntivite, por evitar a inflamação. Ao aplicar, é importante que seja feito com gaze para filtrar e aplicar em cima do olho. Lentes de contato não devem ser usadas durante o tratamento. Cuidado especial com a higiene também deve ser redobrado para evitar a evolução da infecção.
Fonte: Alexandre Araujo/www.ouropretoonline.com/ com informações complementares de sites especializados