Instituições anunciaram na quinta-feira (10) que entraram na Justiça Federal para obrigar o Ministério da Saúde a distribuir imediatamente mais doses de vacinas contra Covid-19 para Rondônia. Os órgãos dizem que o estado está sofrendo discriminação.
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Assinam o pedido o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e a Defensoria Pública da União (DPU).
Segundo acompanhado pelos órgãos, Rondônia é o segundo estado que menos recebe vacinas proporcionalmente para sua população, mesmo possuindo cinco cidades entre as 10 do país com maior taxa de mortes proporcionalmente:
- Pimenteiras D’Oeste (1ª posição),
- Guajará-Mirim (2ª posição),
- Porto Velho (3ª posição),
- Ariquemes (8ª posição) e
- Vale do Paraíso (9º posição).
Rondônia está em segundo lugar no ranking de mortalidade por Covid-19 no país, conforme aponta o documento.
“O que se busca é apenas a isonômica distribuição de vacinas em relação à gravidade da situação vivida. Rondônia não tem infraestrutura adequada de saúde pública e privada, não tem hospital universitário e quase passou pela mesma situação vivenciada em Manaus de colapso de oxigênio”, afirmam os autores da ação, em nota.
“Só a incompetência e o descaso podem explicar o quadro atual. Os impactos da pandemia no estado não podem ser revertidos, especialmente para aqueles que perderam suas vidas pela doença e que poderiam ter mais chances de sobrevivência se tivessem sido imunizados”, complementam.
A vacinação contra a Covid-19 começou no dia 19 de janeiro em Rondônia. Quase cinco meses depois, o estado vacinou apenas 17,79% da população com a primeira dose do imunizante, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) divulgados até a quinta-feira (10).
Segundo levantamento feito pelo G1, há cidades de Rondônia que já aplicaram a 1ª dose em mais de 30% da população, como Cacoal que imunizou 30,38% e Teixeirópolis que vacinou 38,17%.
Mas também há municípios que vacinaram menos de 10% dos habitantes, como Mirante da Serra que vacinou em 5,10% e Ji-Paraná, que aplicou apenas 7,06%.