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Jaru, 24 de novembro de 2024

Organização especializada em enviar brasileiros ilegalmente aos EUA é alvo da PF em RO e SC

Uma organização criminosa especializada no crime de promoção de migração ilegal e lavagem de dinheiro, decorrente dos altos valores pagos aos ‘coiotes’ responsável pela logística de entrada de brasileiros nos Estados Unidos, foi alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (28).

Segundo a polícia, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Velho, Monte Negro (RO), Campo Novo de Rondônia (RO), Porto Belo (SC) e Cruz Alta (RS).

Investigações

As investigações começaram em 2021, após uma denúncia recebida pela PF, que relatava a participação de um homem, morador de Monte Negro, no esquema de promoção ilegal de migrantes de Rondônia aos Estados Unidos.

PF identifica grupo que enviava brasileiros de forma ilegal aos EUA — Foto: Divulgação

PF identifica grupo que enviava brasileiros de forma ilegal aos EUA — Foto: Divulgação

Durante as buscas, a PF identificou outros integrantes do grupo criminoso que cobravam altos valores para os interessados em entrar de forma ilegal no território norte americano.

Também foi descoberto a participação de pessoas que moravam em Santa Catarina e usavam uma agência de turismo para comprar passagens aéreas para fora do Brasil. Nesta etapa das investigações, a polícia também identificou um alto fluxo financeiro para as contas dos investigados, decorrente do valor pago pelos serviços de migração ilegal.

Segundo a Polícia Federal, muitas pessoas enviadas pelo grupo foram abordadas, presas e deportadas durante o trajeto, principalmente durante o cruzamento da fronteira americana a partir do México.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de “constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem superar 18 anos de reclusão”.

Operação Human Commodity da PF em Rondônia — Foto: Divulgação

Operação Human Commodity da PF em Rondônia — Foto: Divulgação

Human Commodity

De acordo com a polícia, o nome da operação se refere a forma como os integrantes do grupo trata as pessoas que se arriscam na migração ilegal, considerando-as meras mercadorias humanas, interessados exclusivamente no recebimento de altos valores pela logística da travessia.


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