O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou na terça-feira (20) as prisões preventivas de Kazan Felipe, Patrique Estefano e Italo Ogliari. Eles foram presos em fevereiro deste ano, na Operação Sniper da Polícia Federal por suspeitas de integrarem uma associação voltada ao tráfico de drogas
O pedido de habeas corpus foi feito pela defesa de Kazan. No texto, o ministro argumenta que optou pela revogação da prisão, pois o investigado não possui antecedentes, tem residência fixa, atividade econômica lícita e os crimes imputados não foram com violência ou grave ameaça.
O ministro também entendeu que poderia estender os efeitos aos outros dois investigados. Não foi revogada a prisão de Hiago Gonçalves. Ao grupo, inicialmente foi decretada a prisão temporária que em seguida, foi convertida em preventiva.
Ao G1, a defesa de Kazan afirmou que a decisão do ministro foi justa. A reportagem tenta localizar a defesa dos demais citados.
Operação Sniper
Operação Sniper: suspeito simula estar comendo um pedaço de maconha — Foto: WhatsApp/Reprodução
A Polícia Federal deflagrou a operação para prender o grupo criminoso que atuava na compra e venda de drogas em raves. Também há fortes indícios que os investigados promoviam festas privadas onde o consumo, depósito e entrega de entorpecentes eram comuns.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão foram encontradas maconha e substâncias sintéticas.
Nos celulares foram encontradas, segundo a polícia, mensagens explícitas de comercialização de drogas. As investigações começaram em 2019, sendo deferida a quebra de sigilo telefônico e telemático em 2020 e decretada a prisão dos investigados em 2021.
Policiais cumprem mandado de busca e apreensão na casa de investigados da operação Sniper — Foto: PF/Divulgação