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Jaru, 22 de novembro de 2024

Médico acreano formado na Bolívia aguarda nova edição do Revalida trabalhando em açougue com o pai

Nascido no município de Marechal Thaumaturgo, interior do Acre, Herisom José Pinho formou-se em Medicina na cidade de Cochabamba, na Bolívia, mas se encontra no município de origem trabalhando com o pai, num pequeno açougue da família. O médico conta que foram sete anos de estudo e muito esforço da família para custear os R$ 3 mil de mensalidade e estadia no país vizinho.

Formado, voltou decidido a atuar no Hospital de Marechal Thaumaturgo e se inscreveu no Programa Mais Médico. Porém, devido à lentidão da internet na cidade, não conseguiu sua lotação. Como seu diploma ainda não foi revalidado no Brasil, Herisom só pode atuar por meio do Programa Mais Médico.

Agora, ele espera uma nova oportunidade de inscrição no Programa ou uma nova edição do Revalida (que não acontece há 2 anos). Enquanto isso, lamenta o fato de ser médico em sua cidade e trabalhar num açougue. “Vejo a necessidade de nossa cidade, a carência de médicos, que não querem vir para cá por ser uma cidade de difícil acesso. Deveria haver uma possibilidade de resolver isso em benefício da sociedade”, explica.

A situação da prima de Herisom, Mariâvangela Lima, é a mesma. Ela é formada em medicina na Bolívia, mas atua como gerente de Assistência à Saúde no Hospital de Marechal Thaumaturgo. “Entrei na justiça e espero uma resposta para conseguir minha lotação aqui em Marechal, porque mesmo pelo Mais Médico ninguém quer vir para cá e nós estamos aqui, somos daqui, queremos trabalhar e a população necessita muito”, conta.

Segundo Mariâvangela, outro primo dela também voltou formado em medicina e trabalha com o pai em um sítio na zona rural de Thaumaturgo.


Nascido no município de Marechal Thaumaturgo, interior do Acre, Herisom José Pinho formou-se em Medicina na cidade de Cochabamba, na Bolívia, mas se encontra no município de origem trabalhando com o pai, num pequeno açougue da família. O médico conta que foram sete anos de estudo e muito esforço da família para custear os R$ 3 mil de mensalidade e estadia no país vizinho.

Formado, voltou decidido a atuar no Hospital de Marechal Thaumaturgo e se inscreveu no Programa Mais Médico. Porém, devido à lentidão da internet na cidade, não conseguiu sua lotação. Como seu diploma ainda não foi revalidado no Brasil, Herisom só pode atuar por meio do Programa Mais Médico.

Agora, ele espera uma nova oportunidade de inscrição no Programa ou uma nova edição do Revalida (que não acontece há 2 anos). Enquanto isso, lamenta o fato de ser médico em sua cidade e trabalhar num açougue. “Vejo a necessidade de nossa cidade, a carência de médicos, que não querem vir para cá por ser uma cidade de difícil acesso. Deveria haver uma possibilidade de resolver isso em benefício da sociedade”, explica.

A situação da prima de Herisom, Mariâvangela Lima, é a mesma. Ela é formada em medicina na Bolívia, mas atua como gerente de Assistência à Saúde no Hospital de Marechal Thaumaturgo. “Entrei na justiça e espero uma resposta para conseguir minha lotação aqui em Marechal, porque mesmo pelo Mais Médico ninguém quer vir para cá e nós estamos aqui, somos daqui, queremos trabalhar e a população necessita muito”, conta.

Segundo Mariâvangela, outro primo dela também voltou formado em medicina e trabalha com o pai em um sítio na zona rural de Thaumaturgo.

Déficit de profissionais

No Hospital da cidade, onde os médicos formados na Bolívia não podem atuar na medicina, só há uma médica atendendo. Patrícia Barbino dá plantão, fica de sobreaviso, se desdobra para atender sozinha uma população de 18 mil habitantes. Ela também atua na Atenção Básica, na Unidade Naldi Mariano, da prefeitura.

A médica conta que faz partos e pequenos procedimentos, mas muitos pacientes são enviados para Cruzeiro do Sul ou Rio Branco por meio do Tratamento Fora do Domicílio- TFD.

De acordo com ela, há meses em que são até 20 os casos de TFD. “Me sinto impotente, mas faço o que posso e até já esgotei meus plantões. No último Concurso Simplificado há duas vagas para cá e espero que sejam preenchidas e que os médicos permaneçam aqui porque a necessidade é grande”.

No Hospital da Família de Marechal Thaumaturgo trabalham três enfermeiros e 12 técnicos em enfermagem. O gestor da unidade hospitalar, enfermeiro Ocielio Gomes do Vale, diz que nos dois últimos concursos e processos simplificados, não houve inscrição de médicos para a cidade, situação que ele espera que não se repita no novo Processo anunciado pelo governo do Estado.

Quanto às medicamentos e insumos, segundo o gestor, a situação é diferente. “Desde março não falta nada e temos estoque até dezembro desse ano”.


Fonte:Ac24horas


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