Golpistas invadiram e vandalizaram o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso, num ataque à democracia sem precedentes no Brasil.
Bolsonaristas golpistas invadiram Planalto, Congresso e STF — Foto: AP Photo/Eraldo Peres
Mais cinco moradores de Rondônia foram identificados entre os presos por envolvimento nos ataques terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes, no domingo (8), em Brasília. Mecânicos, empresários e um médico veterinário estão entre os suspeitos.
Os presos identificados são do interior de Rondônia, de cidades como: Ariquemes, Espigão D’Oeste, Nova Brasilândia D’Oeste, Ji-Paraná e Cacoal.
Veja quem são os bolsonaristas radicais do RO presos:
Osni Cavalheiro
Osni Cavalheiro, preso por atos terroristas em Brasília — Foto: Reprodução
Osni Cavalheiro é um empresário de 58 anos, pioneiro em Ariquemes (RO). Por mais de 30 anos administrou uma das lanchonete mais frequentadas da cidade.
Osni contou, em depoimento, que “ajudou a dividir gasolina” e deu R$ 750 para ir até Brasília. Ele chegou na capital federal no dia 6 de janeiro, dois dias antes dos Três Poderes serem invadidos e danificados por criminosos.
Ele relatou que soube da manifestação por meio de grupos do WhatsApp e foi até lá motivado pela “incerteza do futuro da nação”. Osni não se considera bolsonarista e nega ter depredado patrimônio público.
Paulo Alves Padilha
Paulo é carpinteiro. O bolsonarista declarou à polícia que saiu de Pimenta Bueno (RO) no dia 6 de janeiro, em um ônibus fretado – e lotado – com destino a Brasília.
Alega que foi para a manifestação porque acredita que as eleições foram fraudadas, mesmo que a fraude tenha sido descartada, inclusive, pelas Forças Armadas. Ele também nega ter destruído qualquer bem público.
Tiago Mendes Romualdo
Com 36 anos, Tiago mora na zona rural de Nova Brasilândia D’Oeste (RO). Na mesma região, existe uma empresa de cultivo de mudas em viveiros florestais, no qual ele é descrito como sócio-administrador.
Segundo relatos de Tiago à polícia, ele saiu de Rondônia com um grupo de cinco amigos. Ele alega que, no Palácio do Planalto, a manifestação “estava ocorrendo de maneira pacífica sem quebradeira”. Entre os itens destruídos no Palácio, está a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, cujo preço estimado é de R$ 8 milhões.
Vanderley de Almeida Cabral
Vanderley de Almeida Cabral, de Ji-Paraná (RO), foi preso por participar de ataque em Brasília — Foto: Redes Sociais/Reprodução
O mecânico de 45 anos é de Ji-Paraná (RO), conhecido como “Furão”, faz parte de moto clube e organiza um evento de expedição. Em uma rede social, ele postou fotos durante viagens de moto em várias cidades do país.
O nome de Vanderley também está ligado a uma microempresa na atividade de manutenção e reparação de motocicletas e motonetas.
Segundo seu depoimento, ele saiu de Rondônia em um ônibus com aproximadamente 40 pessoas e não arcou com as despesas do transporte. Ele afirma que “não fez parte da quebradeira” que aconteceu na sede dos Três Poderes.
Quando foi preso, ele estava ajoelhado em frente à tropa do Exército, cantando o Hino Nacional Brasileiro.
Edvagner Bega
Médico veterinário de Rondônia está entre os presos em Brasília — Foto: Redes Sociais/Reprodução
Médico Veterinário, Edvagner possui uma empresa, em Machadinho D’Oeste (RO), nas áreas de comércio de medicamentos veterinários, criação de animais de estimação, serviço de inseminação artificial em animais, entre outras atividades.
Na descrição da empresa, ele declara que já atuou como Médico Veterinário na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron).