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Jaru, 22 de novembro de 2024

Mais de 300 mil artefatos arqueológicos são catalogados e ajudam a contar a História de RO


Vasos de cerâmica: acervo arqueológico encontrado durante a construção da hidrelétrica, no Rio Madeira — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Vasos de cerâmica: acervo arqueológico encontrado durante a construção da hidrelétrica, no Rio Madeira — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Aproximadamente 10 mil anos de História foram resgatados dos canteiros de obras da hidrelétrica Santo Antônio, em Porto Velho. No último final de semana, mais de 300 mil artefatos catalogados foram entregues à Universidade Federal de Rondônia (Unir) para pesquisas e conservação.

Os trabalhos começaram em 2008 durante os estudos para a construção da usina no Rio Madeira. Segundo o gerente de meio ambiente, saúde e segurança da Santo Antônio Energia, Guilherme Abbad, foram localizados 15 sítios arqueológicos do período colonial e republicano e 43 sítios do período pré-colonial.

“Muita gente trabalhou nesse processo, eram cerca de cinco equipes só de resgate. Depois teve o trabalho de laboratório, de limpeza e catalogação das peças”, lembra.

Acervo arqueológico foi levado para a Universidade Federal de Rondônia — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Acervo arqueológico foi levado para a Universidade Federal de Rondônia — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Durante as pesquisas foi descoberto que alguns artefatos estavam relacionados há 10 mil anos de História do Rio Madeira. Além de vasos de cerâmica, urnas funerárias, instrumentos e adornos produzidos por indígenas, foram encontrados machados de pedra polida e até peças da época da instalação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Para a professora do departamento de arqueologia da Unir e curadora da reserva técnica arqueológica, Silvana Zuse, as descobertas mostram que a cachoeira de Santo Antônio foi ocupada por vários povos, com tecnologia e diversidade cultural.

Ela explica que a partir dos achados é possível afirmar que a História de Rondônia começa muito antes dos relatos das viagens dos europeus. Há indícios de ocupações de populações nômades, que viviam da coleta, pesca e caça há milhares de anos, na área que hoje é conhecida como Porto Velho.

Patrimônio arqueológico revela ocupações humanas na região de Porto Velho de 10 mil anos atrás. — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Patrimônio arqueológico revela ocupações humanas na região de Porto Velho de 10 mil anos atrás. — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

“Esse material é bastante representativo da História de longa duração. Tudo é importante, aquele carvão coletado lá no sítio arqueológico e aparentemente pode não se destacar tanto, mas ele pode ser enviado para laboratório para datação. Tudo é importante! Até aquela semente que foi carbonizada e sobreviveu. Através dos estudos, a gente acaba conhecendo um pouco sobre a relação das pessoas com as plantas, por exemplo”, diz a professora.

Atualmente o material foi levado para a Unir e fica sob responsabilidade do Departamento de Arqueologia, onde continuam as pesquisas para construção da narrativa histórica da região. Posteriormente devem acontecer exposições para a comunidade em geral e disponibilização das peças para pesquisa de estudantes da universidade, professores e profissionais de demais instituições.

Veja fotos da chegada dos materiais na Unir

Prédio da Unir abrigará o rico patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Prédio da Unir abrigará o rico patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Acervo é repassado para a Unir, para dar seguimento às pesquisas — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Acervo é repassado para a Unir, para dar seguimento às pesquisas — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Prédio da Unir abrigará o patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Prédio da Unir abrigará o patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Repasse e a guarda para a Unir do acervo arqueológico encontrado durante a construção da hidrelétrica, no Rio Madeira — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Repasse e a guarda para a Unir do acervo arqueológico encontrado durante a construção da hidrelétrica, no Rio Madeira — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Prédio da Unir abrigará o rico patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Prédio da Unir abrigará o rico patrimônio — Foto: Cléris Muniz/Agência Imagem News

Artefatos serão guardados na Universidade Federal de Rondônia — Foto: Silvana Zuse/Arquivo Pessoal

Artefatos serão guardados na Universidade Federal de Rondônia — Foto: Silvana Zuse/Arquivo Pessoal

Artefatos serão guardados na Universidade Federal de Rondônia — Foto: Silvana Zuse/Arquivo Pessoal

Artefatos serão guardados na Universidade Federal de Rondônia — Foto: Silvana Zuse/Arquivo Pessoal

Fonte: G1/RO


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