Mais de 12 mil empregos foram criados em RO e setor de serviços lidera em contratações

No período, o estado apresentou desempenho positivo nas cinco áreas da economia, e teve como destaque o setor de serviços, com o maior número de vagas de emprego criadas:

Segundo o levantamento, em outubro, mês mais recente do levantamento, foram 12.536 profissionais contratados, contra 12.132 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 404 novas vagas de emprego.

Muitas pessoas buscam entrar no mercado de trabalho, como é o caso da estudante de biomedicina Emanuelly Costa, que conseguiu o primeiro emprego com carteira assinada esse ano, depois de se mudar do interior do estado para Porto Velho em busca de novas oportunidades.

Ao g1, Emanuelly contou que passou mais de 20 dias entregando currículo em mais de 40 estabelecimentos, tanto presencialmente, quanto pela internet.

Entre o início da procura e a contratação, a estudante foi chamada para cinco entrevistas, até ser contratada por uma loja de roupas. Emanuelly disse que se decepcionou com o baixo retorno das empresas, mas entendeu como funciona a demanda.

“Pelo tanto de currículo que eu entreguei, eu esperava ter sido chamada para mais entrevistas, só que tem a questão que eu não tinha nenhuma experiência de trabalho e muitas empresas preferem quem já tenha uma bagagem” , ressaltou.

Ao g1, o professor universitário e especialista em administração empresarial, Antônio Wilson, contou que o setor de serviços, que lidera as ocupações no mercado de trabalho, exige menos qualificação e mais atitude do colaborador. No entanto, é um bom ambiente para que as pessoas, que não possuem experiência, tenham oportunidade de crescimento.

“Independente de qual o setor, as pessoas que têm interesse, boa vontade e atitude sempre estarão bem colocadas”, ressalta Antônio.

Para o professor, o Brasil não direciona os jovens para o mercado de trabalho. Muitos jovens não procuram inicialmente verificar o que o mercado deseja de fato e fazem um curso superior baseado em seus desejos. Isso causado por “orientações equivocadas e por não saberem ao certo qual caminho a seguir”.

Segundo Antônio, no período de festas de fim de ano, com a “injeção de dinheiro” no mercado – como décimo-terceiro, férias e bonificações – há uma maior demanda por parte dos consumidores e as empresas precisam ter colaboradores minimamente preparados para atender e incrementar o faturamento.

Dependendo do segmento, de um modo geral, as empresas contratam o ano inteiro, desde janeiro quando começam uma nova jornada e tem seu planejamento estratégico definido.

O mercado de trabalho precisa de pessoas qualificadas e formadas nas áreas, como é o caso enfermeiros, professores, pois há uma demanda grande. Já no caso de graduações com formações mais específicas, os profissionais podem encontrar dificuldade em encontrar um espaço no mercado.

Para o especialista, jovens, solteiros e os que residem com os pais sofrem menos pressão por um emprego. Diferentemente de quem tem uma família para sustentar ou não possuem o apoio de pais e familiares.

O professor ainda passou orientações para quem está a procura de um emprego:

Currículo

• Fazer um currículo bem enxuto e limpo;
• Informar as duas últimas experiências vividas (como grupos de clubes, associações e atividades esportivas);
• Colocar cursos de qualificação e treinamentos de expansão;
• Deixar claro os seus objetivos;

Entrevista

• Ir “arrumado formalmente” ;
• Não usar calças rasgadas, maquiagem ou decote excessivo;
• Ir com a barba feia ou bem aparada e cabelo bem arrumado;
• Evitar falar sobre o que não foi perguntado (nada de tagarelar);

Fundamental: procurar conhecer a empresa em que será entrevistado com o máximo de detalhes possíveis.