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Jaru, 18 de novembro de 2024

Madeireiros que ameaçaram servidor do Ibama de morte são alvos de operação da PF, em RO

PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão em distritos de Porto Velho e na cidade de Ariquemes. Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 4,5 milhões das contas dos investigados.

Cumprimento de mandados de busca e apreensão na operação Menacia — Foto: PF/Reprodução

Cumprimento de mandados de busca e apreensão na operação Menacia — Foto: PF/Reprodução

Um grupo criminoso que atua na extração e comércio ilegal de madeira está sendo alvo da operação Menacia, da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (15). Ao todo, os agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Rondônia.

A quadrilha alvo da operação tem a participação de pessoas físicas e jurídicas que dificultavam as fiscalizações ambientais em distritos de Porto Velho.

A investigação contra o grupo de madeireiros começou no mês de abril, após um servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ser ameaçado de morte durante uma ação fiscalizatória ambiental nos Distritos de Abunã e Vista Alegre do Abunã.

Durante a investigação, a PF diz ter descoberto uma rede orquestrada para praticar crimes, inclusive com incêndio planejado a um caminhão de abastecimento do Ibama.

“Os trabalhos investigativos também apontaram o envolvimento direto de alguns dos alvos com a recepção, aquisição, transporte e guarda ilegal de madeira”, afirma a polícia.

Ordens judiciais e bloqueio de contas

A PF pediu o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e todas as medidas foram autorizadas pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia.

As ordens judiciais são cumpridas em domicílios de:

  • Distrito de Extrema (em Porto Velho);
  • Vista Alegre do Abunã (distrito de Porto Velho);
  • e cidade de Ariquemes;

Dos alvos da operação Menacia, nove são pessoas físicas e duas pessoas jurídicas do setor madeireiro.

Além dos mandados de busca, a Justiça Federal de Rondônia determinou a indisponibilidade de cerca de R$ 4,5 milhões das contas dos investigados.

Os investigados podem responder judicialmente por associação criminosa, ameaça, recepção ilegal de madeira e obstrução de fiscalização ambiental.

Nesta quinta-feira foram apreendidas armas e munições com um dos investigados.

fonte g1.globo


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