A Lava Jato realizou uma operação sobre o suposto pagamento de propina na Transpetro.
Os policiais estiveram em endereços ligados ao ex-senador Edison Lobão Filho e ao irmão dele, Márcio Lobão. Eles são filhos de Edison Lobão, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, que não foi alvo desta fase.
Márcio Lobão chegou a ser preso por quatro dias em 2019, numa das fases da Lava Jato. Ele e o pai já são réus na operação, acusados de receber propina em contratos fraudados na Transpetro.
Em São Luís, no Maranhão, a PF apreendeu carros de luxo e um helicóptero que estava guardado na garagem de Edison Lobão Filho. No Rio, levou dezenas de obras de arte que estavam em um apartamento do irmão Mário. As obras vão ser periciadas e levadas para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.
De acordo com os procuradores, a compra dos quadros serviu para lavar o dinheiro de propina destinada a pai, Edison Lobão.
No despacho, a juíza Gabriela Hardt afirma que “há indicativos de que os valores de compra de referidos quadros teriam sido subfaturados e que dois responsáveis por uma galeria de arte procuraram espontaneamente o Ministério Público Federal para confessar a prática do crime”.
Outra movimentação sob suspeita, segundo a Lava Jato, é a de um apartamento de luxo em São Luís, comprado em 2007, por R$ 1 milhão em dinheiro vivo. A compra foi feita em nome de uma rádio que pertence aos filhos de Edison Lobão. O imóvel foi vendido, dois anos depois, por R$ 3 milhões.
A defesa de Edison Lobão e dos filhos, Márcio e Edison, afirmou que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que as investigações que envolvem a Transpetro não guardam relação com a Lava Jato e que as decisões da Vara em Curitiba são nulas.