O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, sediou o lançamento do Programa de Bioeconomia na Amazônia Legal, no dia 20 de fevereiro. Na mesma data foi realizada a formação de multiplicadores, com o intuito de fomentar os conceitos da bioeconomia e da economia verde. Na capacitação estiveram presentes diversos órgãos e os servidores do IFRO responsáveis por ofertar os cursos nos campi.
Segundo o Coordenador(a)-Geral da Equipe Multidisciplinar Sistêmica do Projeto de Oferta de Cursos FIC em Bioeconomia para Amazônia Legal, Augusto Rodrigues de Sousa, “a realização dos cursos de bioeconomia no Instituto Federal de Rondônia é um sinal do comprometimento do governo federal e da nossa instituição com a promoção da autonomia econômica das pequenas comunidades e povos tradicionais do nosso estado. Ao capacitar essas comunidades, estamos fortalecendo suas habilidades para diversificar suas atividades econômicas, relacionando práticas tradicionais, inovação tecnológica e qualificação profissional. Ao mesmo tempo, os cursos fomentam práticas ambientalmente responsáveis, contribuindo para uma relação de envolvimento dos povos da floresta com o bioma, vivendo dele e com ele, sem explorar de forma ostensiva e predatória o meio ambiente. Dessa forma, ajudamos a construir bases de uma economia local autossustentável e com inclusão social”.
Diversas atividades formativas integram a ação. Sendo que já foi iniciado pelo Campus Ji-Paraná, no dia 19/02, o curso de Viveiricultor, em parceria com a Comunidade Terapêutica Caminho de Luz, em Ouro Preto do Oeste, que sedia a realização da capacitação. Os demais campi do IFRO ofertarão cursos ainda no primeiro semestre de 2024, exceto Colorado do Oeste que agendou todos para o segundo semestre do ano.
As ofertas serão de Fruticultor (Campus Vilhena); Açaicultor (Campus Calama); Administrador de Empreendimentos Florestais de Base Comunitária (Campus Zona Norte); Fruticultor (Campus Jaru); Produtor de Licores, Açaicultor, Operador de beneficiamento de pescado, Produtor de Mandioca e Produtor de Embutidos e Defumados (Campus Guajará-Mirim); Operador de Beneficiamento de Café (Campus Cacoal); Agricultor Agroflorestal (Campus São Miguel do Guaporé); e Produtor de Mandioca (Campus Ariquemes).
E para o Campus Colorado do Oeste estão previstos os cursos de Agricultor Agroflorestal, Fruticultor, Produtor de Embutidos e Defumados e Produtor de Mandioca. A iniciativa faz parte do Projeto Profissionais do Futuro – Competências para a Economia Verde, que objetiva ampliar a qualificação profissional para o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis. Ao todo, serão 465 vagas em cursos para qualificação profissional de trabalhadores nas cadeias produtivas e de valor da bioeconomia, distribuídas nos 9 campi da instituição.
O objetivo do projeto acompanhado pela Pró-Retoria de Extensão do IFRO, juntamente com as unidades nos municípios, é aumentar as perspectivas de emprego dos/as egressos/as de educação profissional em setores de sustentabilidade da economia brasileira. Tais setores contemplam a educação profissional e tecnológica, bioeconomia e energia, além de outras atividades produtivas sustentáveis relacionadas à economia circular e à digitalização, enquanto tema transversal.
Para a Diretora de Programas e Projetos de Extensão, Marcia Tesser, “a oferta de cursos de formação inicial tem como objetivo compartilhar com as comunidades as tecnologias disponíveis para agregar valor aos produtos gerados pelas comunidades, bem como fortalecer as cadeias produtivas locais. O IFRO cumpre assim, seu papel como agente formador dos povos da floresta”.
No projeto a Agência de Cooperação Internacional Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) é parceira do Ministério da Educação (MEC). A atividade faz parte da Cooperação Técnica Brasil – Alemanha “Educação Profissional para Desenvolvimento Econômico Verde e Empregos”, iniciativa que integra o Acordo Básico de Cooperação Técnica entre a República Federativa do Brasil e a República Federal da Alemanha, de que trata o Decreto nº 2.579, de 6 de maio de 1998.