Alto Paraíso (RO) recebeu, no último domingo (23), a 15º edição da Corrida Nacional de Jericos Motorizados. A competição é conhecida como a “Fórmula 1 da Amazônia“, mas a pista do Jericódromo é diferente da convencional. O asfalto dá lugar a lama, deixando as manobras mais complicadas para os pilotos.
Neste ano, oito jericos participaram da corrida em duas modalidades, a de ‘1 pistão’ e a de ‘2 pistões’. O resultado da competição é feito a partir da soma das pontuações de cada uma das voltas, porém o competidor que menos pontuar é quem leva a premiação.
Corrida de Jerico em Alto Paraíso (RO) — Foto: Mikely Azevedo/Rede Amazônica
O título de campeão na categoria ‘2 pistões’ ficou com Dickinson da Silva, morador de Alto Paraíso. Depois da corrida, ele revelou que aprendeu a pilotar com o pai, que também competia. Quando completou 18 anos, passou a ser o piloto e agora é bi-campeão.
“É uma emoção muito grande ganhar novamente. É bem complicada a pista, é um desafio para a gente jeriqueiro e é uma emoção enorme ter essa festa de volta”, relatou.
Campeão da 15ª edição da Corrida de Jerico em RO — Foto: Mikely Azevedo/Rede Amazônica
O evento não acontecia desde 2017 e foi retomado com muita disputa entres os competidores, que estavam ali para lutar por dois motivos, o pódio e pela força cultural que a corrida representa para o município.
Para chegar até essa pista, é preciso muita preparação, já que os jericos são feitos de uma forma bem peculiar, utilizando peças de outros veículos, como carros velhos e até tratores.
“O [meu] jerico tem dois gols desmontado com um motor agrário 27. Para fabricar o jerico foi 30 dias de serviço trabalhando noite e dia, abandona um pouco o serviço por uma tradição que nós tem”, explicou Diomar Fleichnann.
Jerico — Foto: Mikely Azevedo/Rede Amazônica