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Jaru, 22 de novembro de 2024

Justiça mantém prisão de cantor suspeito de matar namorada e simular suicídio dela

A Justiça decidiu nesta sexta-feira (16) manter preso um cantor suspeito de matar a namorada e depois simular o suicídio dela em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari. O crime aconteceu no dia 6 de setembro deste ano e ele foi preso em uma ação da Polícia Civil no dia 18 do mesmo mês.

Inicialmente, a prisão de Cleverson Siebre, conhecido como Kevyn, era temporária – com prazo de 30 dias –, mas a Justiça decidiu pela conversão em prisão em preventiva, que não tem prazo estipulado.

Kevyn, de 27 anos, foi indiciado pela polícia por homicídio duplamente qualificado por emprego de meio cruel (estrangulamento) e feminicidio contra namorada Tatila Portugal, de 24 anos.

No boletim de ocorrência, que inicialmente classificou o caso como suicídio, consta que o suspeito disse aos policiais ter chegado com a vítima de um sítio, após terem consumido bebida alcoólica e, na sequência, os dois começaram a discutir.

Ele relatou que, “para a situação não piorar”, saiu do apartamento “para dar uma volta” e quando retornou, encontrou a namorada morta por enforcamento. Ainda segundo o registro, o cantor relatou que pediu ajuda de um vizinho e levaram a jovem até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a morte dela foi confirmada.

Conforme a Polícia Civil, foi instaurado um inquérito para o aprofundar as investigações já que restaram dúvidas e contradições sobre a morte da jovem. O laudo tanatoscópico produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que as lesões no corpo de Tatila não eram compatíveis com a corda usada no suposto suicídio.

Com os indícios de que a causa da morte de Tatila não foi suicídio, o delegado do caso representou pela prisão temporária do suspeito, que teve o pedido concedido pela Justiça. A Rede Amazônica entrou em contato com a defesa do cantor e aguarda posicionamento.

Protesto de familiares e amigos

No dia 12 de setembro, amigos e parentes de Tatila fizeram um ato pedindo celeridade à polícia nas investigações do caso. Eles seguravam faixas com as mensagens “Justiça por Tatila” e “Não foi suicídio”. O ato aconteceu em avenidas da região central de Ariquemes.

Na noite da última quinta-feira (15), um grupo fez uma vigília em frente ao Ministério Público (MP-RO), no Setor Institucional, pedindo o indiciamento do cantor. Faixas e cruzes fincadas no gramado do MP foram usadas para chamar a atenção ao caso.


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