Um caso de omissão de despesa na campanha do senador eleito Jaime Bagattoli (PL) chamou a atenção dos técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e exigiu explicações do futuro parlamentar. O comitê alugou 6 veículos de pequeno porte na empresa Monteiro Rent a Car Ltda, alegando ter pago entre R$ 300,00 a R$ 320,00 pelo período de 43 dias. Em nota, os advogados do senador eleito tentaram justificar, alegando um pequeno saldo final dos contratos, mas as alegações não convenceram os técnicos que pedem a aplicação de multa por omissão de gastos.
Os técnicos fizeram um comparativo com as contas apresentadas pela deputada federal reeleita Silvia Cristina (PL). Seu comitê de campanha também alugou veículos semelhantes e pelo mesmo período, mas pagou R$ 6 mil por cada carro. “Ademais, embora os fortes indícios de omissão de gastos, observa-se que o prestador de contas já extrapolou o limite de gastos de campanha para o cargo em disputa (R$ 3.176.572,53), pois declarou gastos na ordem de R$ 3.169.611,22, mas os gastos efetivamente foram acima do valor declarado, o que enseja multa de 100% (cem por cento) da quantia em excesso”, explicaram os técnicos da Justiça Eleitoral.
Jaime Bagattoli alugou 4 Stradas Working, 1 Saveiro e 1 Onix Plus e pagou, segundo suas notas, R$ 1.924,00 pelo aluguel de 43 dias. Silvia Cristina pagou por um Voyage City R$ 6.000,00 pelo mesmo período, mostrando a falta de transparência nas contas do futuro parlamentar.
Jaime Bagattoli passou a campanha dizendo que não recebeu recursos do fundo público de campanha. Sua candidatura obteve apenas doações privadas, mas ele está sujeito, como os demais, as normas e regras da Lei Eleitoral sobre despesas de campanha, não podendo extrapolar o limite de gastos ou omitindo despesas.
Seu sócio, Orlando Vitório Bagattoli, doou R$ 2,8 milhões; o próprio Jaime doou outros R$ 300 mil; e o ex-deputado Neodi Carlos doou R$ 40 mil.