Rosiane Satio Santos, moradora de Jaru, expressou sua indignação com o descaso enfrentado pelos pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) ao serem levados para consultas em Porto Velho. Ela, que é mãe de Fernanda Satio, uma menina de 12 anos que sofre de microcefalia, paralisia e outros problemas de saúde graves, relatou a situação angustiante que vive toda vez que precisa levar sua filha para consultas na capital.
Fernanda não fala, não anda e, devido à gravidade de sua condição, e por falta de uma cadeira de rodas, Rosiane precisa carregá-la no colo durante longos períodos. Hoje (14), Rosiane levou Fernanda para uma consulta com o neuro e pediatra, marcada para as 07h da manhã. O ônibus da saúde, que sai de madrugada de Jaru, as deixa em Porto Velho, mas só retorna às 18h, obrigando a mãe a passar o dia inteiro em frente ao hospital, sem qualquer suporte.
Rosiane contou que não tem condições de comprar uma cadeira de rodas adaptada para sua filha e, por isso, é forçada a ficar parada com Fernanda no colo, sem possibilidade de se deslocar. “É um pesadelo toda vez que precisamos vir à capital. Minha filha é grande e pesada, e não tenho como sair daqui até o ônibus voltar,” desabafou Rosiane.
Segundo a mãe, ela foi informada que teria direito a um carro à disposição para realizar os atendimentos médicos e retornar a Jaru logo após, mas essa assistência nunca foi oferecida. Além disso, Rosiane revelou que já se inscreveu no Posto de Saúde Ruth de Souza para que Fernanda receba uma cadeira de rodas adaptada, mas, até o momento, não obteve resposta ou solução.
Diante dessa situação de desamparo, Rosiane procurou o Jaru Online para denunciar o caso e pedir intervenção em nome de sua filha e de outros pacientes que enfrentam o mesmo problema.
