Por meio de uma postagem no Facebook feita por um caminhoneiro de Vilhena que deu carona para uma pessoa que caminhava as margens da BR 364 na região de Jaru e Ariquemes, a família deste homem diz que o reconheceu e pede ajuda para localiza-lo.
O caminhoneiro Valdemir Silvânia Gago Pereira, postou uma publicação no final do último mês, relatando ter dado carona no final do ano passado, para um homem que já havia caminhado 30 km pela BR 364 e pretendia andar ainda mais 70 km para ir capinar uma data e ganhar R$ 50,00.
Na publicação Valdemir relata que o alimentou e ainda lhe ajudou com R$ 100,00 pelo auxílio que ele lhe deu ao descarregar o caminhão em Ariquemes.
Depois disto este homem não foi mais encontrado.
Após a publicação, supostos familiares do homem que recebeu carona, os quais residem e Brasília/DF, entraram em contato com o Jaru Online afirmando que o reconheceram na publicação do caminhoneiro, e que ele seria parente deles, o qual desapareceu daquela região a alguns anos.
Uma cunhada, Joice Kelo Oliveira, afirma que a família o reconhece como sendo Luiz Antônio, e pede ajuda para localizá-lo, eles acreditam que ele tenha perdido a memória e esteja passando por dificuldades.
Ela relatou que sua mãe mora no Rio Grande do Sul e quer muito encontra-lo.
Quem possuir informações que levem ao seu paradeiro podem estar entrando em contato perlo fone Whatsapp: 61 9.9353-1118
Acompanhe o relato do caminhoneiro sobre o dia da carona
Estava trafegando pela BR364 em Rondônia a 40km de Ariquemes sentido porto velho, estava um calor de uns 33graus, com sensação térmica de uns 40graus. Estava muito quente. De longe vi esse senhor, Antônio seu nome, caminhava entre a pista e o mato, pq nesse trecho não havia acostamento. Não parecia trecheiro (andarilho de rodovia). Estava com uma saca de mercado em uma das mãos. Decidi parar para lhe oferecer uma água, pq estava muito calor. Parei, aguardei ele se aproximar do caminhão e lhe ofereci água, estava geladinha havia acabo de abastecer o corote. Em uma breve conversa enquanto ele matava sua sede, disse que estava indo a uma cidade a 30 km de Ariquemes, ou seja ele está a 70km do seu destino e havia saindo um dia antes e já havia caminhado 25km.
Percebi que falava bem, era apenas um trabalhador indo a algum lugar. Decidi então oferecer carona até Ariquemes, a 40km de onde estávamos . Embarcamos no caminhão, e começamos a conversar.
Estava carregado de batata frita e salgadinho e tinha alguns na cabine. Então ele começou q contar sua caminhada. Disse que havia saindo ontem de sua cidade, e que estava a caminho dessa cidade a 30km de Ariquemes para carpir um terreno, e estava todo feliz pq ganharia r$50 reais. Passava necessidade em casa com seus filhos e não exitou em acertar esse trabalho. Conversava bem, meio sismado , tímido. Mas tivemos uma boa troca. Ofereci salgadinho a ele, estava desde o dia anterior sem comer e já havia passado mal duas vezes por desidratação e fome. Comeu 5 pacotes grande de salgadinho que dava gosto de ver. Eu tinha 3 entregas a fazer em Ariquemes e precisaria de mão de obra para descarregar! Perguntei a ele, se ele gostaria de me ajudar e lhe pagava por isso. Ele respondeu dizendo que não precisava, que minha carona e a água não tinha preço. Chegamos na cidade, fizemos a entrega, ele me ajudou com muito zelo e foi muito prestativo. Concluiu as entregas, dei 100 reais a ele e comprei sua passagem na rodoviária.
Eu não o ajudei, eu fui ajudado! Vi qto Deus me abençoa. Por muitas vezes recuso trabalho por achar que estou ganhando pouco, e esse homem, iria andar 100km e ter se carpir um terreno para ganhar 50 reais.
Sou grato a Deus por me permitir ter lo conhecido. Ele chorou qdo dei os 100 reais a ele, olhou para o Céu e agradeceu a Deus. Queria poder ajudar mais, mas infelizmente ele não tem telefone.
Isso ocorreu no dia 30/11/20.
Bem vindo caminhoneiros.