A cena de uma família com oito integrantes, entre eles um bebê de apenas um mês e outro de 11 meses, que estavam dormindo no chão da Rodoviária Interestadual de Jaru, nesta madrugada (13), chocou e chamou atenção de usuários e comerciantes do local, que solicitaram intervenção de entidades e entes públicos.
Eles estavam deitados em cima de uma fina coberta estendia ao chão em frente ao banheiro do terminal, ali se acomodavam dois bebês, dois adolescentes e dois casais.
Fomos ao local e em conversa com o chefe da família, observamos que ele não apresentava uma versão condizente a aquela realidade, disse que estavam de passagem por Jaru e seguiriam para Manaus, para então posteriormente viajar para visitar parentes na Venezuela, no entanto acabou confessando que não possuía dinheiro e tão pouco as passagens.
A conselheira tutelar de plantão Ivonete Machado Silva, acionada pela vereadora Sol de Verão, chegou ao local e constatou as condições impróprias em que as crianças estavam submetidas, também foi visto que o bebê mais novo nasceu em Ji-Paraná e sequer foi registrado.
A conselheira ofereceu conduzir toda a família para o centro de acolhimento IAMUR, no entanto o casal responsável, estranhamente ofereceu resistência a assistência oferecida, sendo então necessário uma verbalização mais protocolar, “não se tratava de opção, não podemos deixar estas crianças aqui” relatou a conselheira.
Em versões desencontradas, a família relatava que não poderia sair dali, pois iriam viajar pela manhã para Ouro Preto do Oeste. Após um amplo diálogo, foram convencidos que todos seguiriam na caminhonete do Conselho Tutelar para a IAMUR, onde receberiam acolhimento com quarto e alimentação.
Na manhã desta terça-feira (13) a IAMUR informou que a família possui residência em Ouro Preto do Oeste e que retornaram para lá por volta das 09h, após tomarem café. A diretora do centro de acolhimento também comentou que eles estavam apenas à procura de uma passagem para Manaus, mas que não obtiveram sucesso então retornaram para casa.
