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Jaru, 4 de outubro de 2024

Jaru: Candidatos drenam dinheiro público para multinacional americana, enquanto comércio local sofre com baixa demanda


A condução das campanhas eleitorais, marcada pelo uso massivo de recursos do fundo partidário, tem gerado frustração no comércio local. Em vez de injetar dinheiro em negócios regionais, muitos candidatos têm optado por direcionar grande parte de suas verbas, para multinacionais norte-americanas, como Meta (Facebook e Instagram), investindo em tráfego pago nas redes sociais.
A mudança de estratégia, com a migração para o digital, tem prejudicado empresas locais que tradicionalmente lucram durante as eleições. Gráficas, adesivarias e outros prestadores de serviços relacionados às campanhas eleitorais relatam uma queda acentuada no movimento. Em Jaru, por exemplo, há candidatos que praticamente ignoraram o marketing físico, como panfletagem, adesivos e uso das “formiguinhas”, e destinaram valores significativos para o tráfego pago na Meta, um deles nos relatou ter  gasto R$ 12 mil com a Meta.

Um dos empresários locais, proprietário de uma das maiores empresas de adesivos da cidade, expressou sua frustração com o cenário deste ano. Ele revelou que muitos comerciantes investiram em novas máquinas, acreditando em um aumento nas vendas, mas agora enfrentam a necessidade de devolver esses equipamentos por conta da baixa demanda. O sentimento de desânimo é compartilhado por outros empresários do setor.

Além disso, empresas de mídia local, como sites, rádios e TVs, enfrentam outro obstáculo: suas mídias caso tenham são suspensas, pelos órgãos públicos ligados ao Executivo e Legislativo, e a Justiça eleitoral também proíbe elas de receber recursos de candidatos. Com isso, o capital destinado à publicidade e serviços, está sendo drenado exclusivamente para empresas estrangeiras, enquanto os pequenos veículos de comunicação locais ficam à margem.

A visão de que as eleições trazem uma injeção de dinheiro no comércio local parece ter ficado no passado. Hoje, o que se vê é uma drenagem dos recursos para gigantes norte-americanas, como as plataformas sediadas no Vale do Silício, deixando o comércio de Jaru e outras regiões com um gosto amargo de frustração e perdas financeiras.

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