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Jaru, 22 de novembro de 2024

Jaru: Agentes penitenciários são afastados e investigados acusados de oferecerem regalias a presos em troca de dinheiro

 

 

O Ministério Público de Rondônia recebeu a denúncia e a Policia Civil investiga, um suposto esquema implantado na Casa de Detenção em Jaru, de favorecimento a preso em troca de dinheiro.

 

Agentes públicos são acusados de oferecer regalias a detentos, inclusive de alta periculosidade, em troca de pagamento de quantias que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil.

 

A denúncia indica que os presos que pagavam os valores, obtinham tratamento diferenciado, como trânsito quase livre pela detenção, cômodos confortáveis ao invés de celas, visitas fora do dia e horário, acesso a aparelhos celulares, televisores, ventiladores, geladeira, liquidificador entre outros.

Também foi denunciado que um dos favorecidos possuía acesso as chaves de repartições e tinha um cômodo confortável e exclusivo para ele.

 

Os valores supostamente pagos pelos presos ou seus familiares, eram reunidos na conta de um dos detentos, e sua esposa se encarregava de realizar diversos saques para pagar os agentes públicos envolvidos. A quebra de sigilo bancário aponta transferência de valores suspeitos reforçando a materialidade da denúncia.

 

Três agentes penitenciários que exercem cargo de chefia na unidade prisional, foram afastados pela justiça, a investigação não descarta a participação de mais servidores no suposto esquema, que oferecia vantagem mediante pagamento a pelo menos 13 detentos.

 

Os supostos favorecimentos se sucediam a detentos que se prontificavam a trabalhar na unidade, com isto eles eram separados dos demais, facilitando as ações. Também é investigado a transferência de presos de outras cidades para receber tratamento diferenciado em Jaru.

 

O MP, bem como a Polícia Civil, realizou diligencias e constatou algumas das irregularidades apontadas, a policia instaurou inquérito e segue investigando o caso.

 

 

Venda de Água

 

 

Outra denúncia que também vem sendo investigada, é o fornecimento remunerado de água  do presidio a uma propriedade rural vizinha, o caso veio à tona após o novo proprietário da área beneficiada, ingenuamente reclamar as autoridades o mau fornecimento de água  em sua propriedade.

Um cano subterrâneo foi descoberto ligando o presido a seu sitio.

Mesmo sendo novo, e dotado de toda infraestrutura como poço artesiano e uma grande caixa d’água, o presidio já enfrenta constante racionamento, sendo necessário o envio de caminhões pipa para abastecer a unidade.

 

Integrantes da corregedoria da SEJUS estão na cidade e apuram juntamente com as autoridades locais, as supostas infrações administrativas e disciplinares atribuídas a servidores do sistema penitenciário, que envolve também um servidor do alto escalão do governo do estado.

 

 


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