Uma segunda fase da operação Confinamento está sendo realizada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (16) em Jaru (RO), a 290 quilômetros de Porto Velho. Isso porque a investigação descobriu novas fraudes na liberação do auxílio-reclusão no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os policiais cumprem cinco mandados de busca e apreensão na cidade, todos expedidos pela Justiça Federal em Porto Velho.
A primeira fase da Operação Confinamento ocorreu em 5 de março de 2020. Depois da ação, os investigadores analisaram os materiais apreendidos, como celulares e documentos, e com isso descobriram mais fraudes na liberação do benefício.
Segundo a PF, a operação apontou o envolvimento de um servidor público do INSS, que atuava junto com sua filha, uma colaboradora e um advogado. Juntos, eles faziam a concessão de benefícios sem o preenchimento dos requisitos previstos na legislação previdenciária, em troca de vantagem patrimonial ilícita.
“Os investigados eram responsáveis por recrutar as pessoas que receberiam os benefícios fraudados, cujas adulterações eram efetivadas pelo servidor do INSS. O prejuízo estimado supera a casa do R$ 2 milhões”, diz a PF.
Em março, a Justiça autorizou o afastamento do servidor público das suas funções, por 90 dias iniciais, porém esse afastamento foi prorrogado por mais 60 dias, enquanto a investigação é concluída.
Com as novas descobertas na investigação, a PF deflagrou uma nova operação nesta quinta-feira. A ação é chamada de Novo Confinamento.
Em nota, a PF afirma que os indiciados estão sendo ouvidos na sede da PF e responderão pelos crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema de informações, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Fonte: g1.globo