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Jaru, 19 de setembro de 2024

Incêndio atinge Hospital no Rio e pacientes vão parar na rua; onze pessoa morreram

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte do Rio, no fim da tarde desta quinta-feira (12). Uma pessoa morreu, segundo o Corpo de Bombeiros.

Por volta das 21h45, bombeiros faziam uma varredura para ver se ainda havia pacientes na unidade. Não havia um balanço de feridos, mas até as 22h, 14 vítimas haviam sido removidas, transportadas pelas 10 ambulâncias da rede municipal de Saúde para unidades particulares de saúde. Ao todo, 103 pessoas estavam internadas na unidade no momento do incêndio.

Varredura do Corpo de Bombeiros retirou na madrugada desta sexta-feira (13) dez corpos do interior do Hospital Badim, no Maracanã, Zona Norte do Rio, atingido por um grande incêndio na tarde de quinta (12). Segundo a Defesa Civil Estadual, vai a 11 o número de mortos no local, incluindo a primeira vítima fatal, cujo corpo foi retirado no início da noite.

O número de mortos, no entanto, pode não ser definitivo. Bombeiros seguem vasculhando o local à procura de desaparecidos – pacientes ou funcionários da unidade.

Nenhuma vítima foi identificada ainda.

A varredura dos bombeiros começou por volta das 21h45, cerca de uma hora após o fogo ter sido considerado debelado, e seguiu pela madrugada.

Incêndio no hospital Badim na Tijuca na Rua São Francisco Xavier pacientes são evacuados, camas chegaram a ser montadas no meio da rua, na noite desta quinta-feira (12) no Rio de Janeiro, RJ. — Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Anteriormente, 14 pessoas haviam sido removidas do prédio, transportadas por 10 ambulâncias da rede municipal de Saúde para unidades particulares. Mas muitos pacientes, entre eles vários idosos, seguiam sendo transferidos para outros pontos de saúde públicas e particulares. Um prédio anexo ao hospital, inaugurado em 2018, também foi usado para atendimento.

Ao todo, 103 pessoas estavam internadas na unidade no momento do incêndio. O número de funcionários do hospital não foi informado. Enfermeiros, médicos, bombeiros e moradores da região ajudaram a acomodar pacientes em colchões nas calçadas e em uma creche vizinha.

 Pacientes são removidos após incêndio que atinge o Hospital Badim — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Pacientes são removidos após incêndio que atinge o Hospital Badim — Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

fogo começou por volta das 18h30 em um dos prédios do complexo – o mais antigo, aberto em 2000. Funcionários montaram uma espécie de hospital na Rua São Francisco Xavier, com os colchonetes e lençóis que foram jogados pelas escadas para improvisar o atendimento.

De acordo com a direção do hospital, a principal suspeita é que tenha havido um curto-circuito no gerador do prédio 1, espalhando fumaça para todos os andares do prédio antigo.

Ainda segundo a direção, os pacientes do Centro de Tratamento Intensivo 1 (CTI) foram retirados e receberam os primeiros atendimentos na rua Arthur Menezes por volta das 19h30. Os pacientes do CTI 2, que tem 20 leitos, também foram retirados.

Segundo moradores, pacientes e funcionários começaram a sair do hospital assim que o incêndio começou.

O dono da creche que fica ao lado do hospital contou que, inicialmente, os pacientes que têm quadro de saúde mais grave foram levados para lá.

A energia elétrica foi desligada pela Light para facilitar o trabalho das equipes de atendimento e resgate.

Pessoas montam camas na rua em frente ao Hospital Badim, no Maracanã — Foto: Reprodução/Globocop

Pessoas montam camas na rua em frente ao Hospital Badim, no Maracanã — Foto: Reprodução/Globocop

Fumaça de incêndio do Hospital Badim, no Maracanã, é registrada por moradores da região. — Foto: Reprodução/Redes sociais

Fumaça de incêndio do Hospital Badim, no Maracanã, é registrada por moradores da região. — Foto: Reprodução/Redes sociais

No final da noite desta quinta, a direção do Hospital Badim emitiu uma nota:

A Direção do Hospital Badim vem a público expressar seu profundo pesar em relação ao incêndio ocorrido na noite desta quinta-feira.

Informamos que 103 pacientes estavam internados no hospital no momento do episódio.

Imediatamente, a brigada de incêndio iniciou a evacuação do prédio, mesmo antes da chegada do Corpo de Bombeiros.

Desde o primeiro momento a prioridade total foi socorrer os pacientes e funcionários e salvar vidas. Mais de 100 médicos foram mobilizados para dar assistência aos pacientes que estavam sendo socorridos.

Face a esse fato trágico, a solidariedade dos hospitais privados e das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde está garantindo que os pacientes sejam transferidos.

Para transmitir informações seguras, a Direção se manifestará novamente à medida em que o Corpo de Bombeiros terminar o seu trabalho e liberar o acesso ao prédio.

O trabalho dos bombeiros continua e nos mantemos solidários às famílias, pacientes e funcionários envolvidos.

A Direção

Mais tarde, durante esta madrugada, a direção emitiu outra nota:

A direção do Hospital Badim informa que logo após o início da remoção dos pacientes pelo Corpo de Bombeiros o comitê de apoio foi acionado para começar uma busca ativa pelos pacientes que foram transferidos para unidades de saúde do Rio de Janeiro. Está sendo disponibilizado o número de Whatsapp 97101-3961 e o e-mail [email protected] para que os familiares dos pacientes envolvidos no episódio entrem em contato para receber informações sobre sua localização.

Além disso, o hospital enviou funcionários para os principais hospitais do Rio de Janeiro a fim de monitorar a chegada de pacientes transferidos.

Mais uma vez a direção do Hospital Badim externa sua imensa tristeza diante do ocorrido.

Alteração no trânsito

A Rua São Francisco Xavier, sentido Centro, foi totalmente interditada para o trabalho dos bombeiros por volta das 19h. Para quem sai do Méier para a Tijuca, é recomendável a Rua Barão de Bom Retiro, Rua Teodoro da Silva, Rua Pereira Nunes, Av. Maracanã e túnel Noel Rosa.

Incêndio no Hospital Badim, no Rio — Foto: Wagner Magalhães/G1

Incêndio no Hospital Badim, no Rio — Foto: Wagner Magalhães/G1


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