Gregório Duvivier participou na tarde desta terça-feira, 8, da coletiva de imprensa de “Portátil”, novo projeto do “Porta dos fundos” em parceria com o canal de TV a cabo, Comedy Central. O evento aconteceu em São Paulo e contou ainda com o diretor e criador do “Porta”, Ian SBF, e dos comediantes Çuis Lobianco, Gustavo Miranda e o músico Andres Giraldo.
“A ideia do programa é mostrar os bastidores de uma peça de improviso, com trechos da apresentação. Mostrar as entranhas do negócio”, explicou Gregório, que confessou que sempre fica apreensivo antes de improvisar: “Toda vez antes de entrar em cena penso ‘por que escolhi isso pra minha vida?’ (risos). Não tm muito como se preparar. Textos você consegue estudar, improviso é dar uma aquecida e pedir a Deus”.
‘Adoro decepcionar as pessoas’
Gregório é um dos nomes mais famosos do “Porta dos fundos”. Ele confessou que junto com o reconhecimento, vem a pressão. “As pessoas já vêm até mim querendo algo engraçado. E eu adoro decepcioná-las (risos). O humorista é mal-humorado, é um insatisfeito crônico. A piada quase sempre vem de uma percepção do absurdo. Eu adoro drama, meu monologo, ‘Uma noite na lua’ é drama e sei que pessoas ficam assutadas. Eu sinto o barulho da decepção vindo da plateia”, brincou.
Mas o comediante garantiu que não se sente famoso. “O pior do humorista é quando ele começa a acreditar q ele tem muita influência, que é muito importante. o barato do humor é ser horizontal com o telespectador, falar de igual”, explicou.
‘O humor precisa mudar de acordo com a sociedade’
Com a onda do ‘politicamente correto, Gregório disse que não se preocupada porque as piadas ofensivas nunca fizeram parte de seu repertório. “Eu me preocupo sempre em não ofender as pessoas, não ser grosso, mas não só no ‘Porta dos fundos’, mas em tudo, na vida. Até ´porque perde a graça. A sociedade está mudando e o humor precisa mudar de acordo com ela. Tem humor que está atrás da sociedade.Não precisa ser careta, mas também não pode ser velho, reacionário”, declarou.
