Uma grávida ficou uma semana internada no Hospital Regional de Vilhena (RO) aguardando por um medicamento que pudesse expelir o feto morto de sua barriga,.
Segundo informações da direção do Hospital Regional, a jovem Elizane Goullart estava grávida e deu entrada na unidade hospitalar no início da semana passada, depois de perceber um sangramento. Ao fazer um ultrassom, Elizane recebeu a informação de que o feto estava morto na barriga há cerca de cinco semanas.
Mesmo depois de saber que não havia mais gestação, a mãe precisou ficar internada à espera de um medicamento que pudesse expelir o feto.
Isso porque um remédio abortivo estava em falta no hospital de Vilhena, segundo Faiçal Akkari, diretor da unidade. Com isso, a grávida precisou esperar a chegada do medicamente, que durou uma semana.
O medicamento em falta, segundo Faiçal, é o misoprostol. O município não conseguia comprá-lo, pois este é o estado quem faz a compra e distribuição às unidades de saúde. O diretor afirma ter tentado emprestar o medicamento de outros municípios vizinhos de Vilhena, mas só conseguiu a dose em Porto Velho.
À Rede Amazônica, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o misoprostol é adquirido pelo Ministério da Saúde e distribuído aos estados para atender os hospitais credenciados.
Segundo o estado, a quantidade do medicamento é definida pelo Ministério da Saúde, sendo que o estado apenas encaminha as doses seguindo uma planilha feita pelo próprio Ministério.
A paciente conseguiu expelir o feto e recebeu alta na segunda-feira (13) do hospital.