Segundo o boletim hídrico divulgado pela Defesa Civil Estadual, entre os dias 17 e 24 de junho, o nível mais baixo do Madeira foi de 4,09 metros: 4 metros abaixo do registrado no mesmo período de 2023, quando o rio estava com 8,37 metros.
Os dados apresentados pelo Governo indicam que, neste período de 2023, o nível do rio estava em torno da média histórica. No entanto, isso não impediu que o afluente reduzisse até atingir, pela primeira vez na história, os 1,11 metros em outubro (nível abaixo da cota de escassez hídrica).
Seguindo essa tendência, a previsão é que durante a seca (junho a agosto) o rio Madeira atinja a cota de escassez hídrica e fique abaixo de 1,70 metros, na capital, conforme o Governo de Rondônia.
Redução do nível
O fato é que desde janeiro, o nível do afluente têm oscilado próximas das mínimas históricas, o que pode causar impactos similares aos registrados durante o período de seca severa e histórica de 2023, informou a Defesa Civil Estadual.
Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB), em um mês, a cota do Madeira caiu de 8,42 metros (30 de maio) para 4,91 metros, registrados em 30 de junho.
Além disso, na última semana de junho, o rio passou por um fenômeno chamado de “repiquete”, que acontece quando as águas dos rios sobem devido às chuvas, principalmente no fim do período de vazante e pode ser confundido com cheia, porém o nível volta a baixar logo em seguida.
Conforme o Sistema de Alerta Hidrológico do Rio Madeira (SAH Rio Madeira), a tendência é que o Madeira continue o processo de vazante em Porto Velho nas próximas semanas. Mas, a previsão de chuva na bacia do rio Beni, pode causar novamente um repiquete nos 15 primeiros dias de julho.
Baixos níveis de chuva
De acordo com meteorologista da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Fábio Adriano Monteiro Saraiva, as previsões climáticas indicam um acumulado de precipitação abaixo da média histórica para o período de estiagem da região.
Além disso, a Bacia do Madeira entra no seu período de recessão com valores muito baixos de cotas (principalmente na região de Porto Velho), e esses cenários apontam que o nível do rio poderá chegar com facilidade nas cotas de emergência”, explicou.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os índices de chuva estão abaixo da média em Rondônia. No dia 25 de junho, Porto Velho completou um mês sem chuvas.
Essa redução das precipitações iniciou em maio: período que marca o início da transição da estação chuvosa para a estação seca na região Amazônica.
O boletim do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)para os próximos dias indica muito sol, céu claro a parcialmente nublado. Não há previsão de chuva para todo o estado.
g1 RO