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Jaru, 27 de novembro de 2024

Ginecologista propõe que mulheres tirem licença do trabalho quando estiverem menstruadas

Justiça seja feita, ser mulher é bem complicado. Além de ganharmos menos que os homens, aguentarmos assédio e pressões sociais, há também certos aspectos biológicos que dificultam um pouquinho a nossa vida. A gravidez, por exemplo, não é nada fácil. Antes de chegar lá, entretanto, temos que lidar com a chatinha menstruação todo santo mês, com tudo que vem no pacote:TPM, inchaço, dores de cabeça e a temida cólica.

Homens que alegam que tudo isso é frescura: experimente sentir durante horas como se um trator estivesse passando pelo seu útero (sem exagero), enquanto se preocupa se a menstruação vai vazar e se você tem absorventes suficientes. Como se você não estivesse incomodada o suficiente, tem que colocar tudo isso de lado para viver as atividades normais do seu dia-a-dia, comoestudar, sair com os amigos e trabalhar.

Pois bem. Acontece que o ginecologista inglês Gedis Grudzinskas está realizando uma campanha que defende a licença menstrual em todo o mundo. Segundo a entrevista dada por ele ao jornal britânico Daily Mail, depois de estudar muito o corpo feminino e o período menstrual, ele acha que a mulher iria render mais no trabalho se pudesse tirar folgas nos dias em que está naqueles dias.

O processo funcionaria assim: todo mês, a mulher teria direito a uma licença similar à licença maternidade no período em que estiver menstruada. Nessa proposta, os dias de folga seriam remunerados. De acordo com Grudzinskas, “quando você está com cólicas, é impossível ter o mesmo desempenho no trabalho de um dia em que você não esteja sentindo dores”. Ele completa afirmando que a licença menstrual é “sobre empregadores serem sensíveis e conscientes”.

Segundo ele, a iniciativa também seria benéfica para os empregadores, já que isso “aumentaria a motivação e a produtividade das mulheres” e faria com que ficassem “mais felizes e confortáveis com o ambiente de trabalho, o que é algo positivo”.

Para quem acha que isso é impensável, a licença já existe efetivamente em alguns lugares, caso da Indonésia, onde as mulheres têm dois dias por mês de licença remunerada, e no Japão, onde as funcionárias também podem ficar em casa nesses dias incômodos.

Para os que acham que isso se trata de uma “regalia feminina”, o especialista garante: “As mulheres não devem se envergonhar da licença”. Ele afirma que se “os homens sentissem metade da dor que algumas meninas sentem durante o período menstrual, também gostariam de ter um dia de folga” (fato!).


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