O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realiza nesta quinta-feira (6) a Operação Armagedom, que visa combater um esquema criminoso na contratação de tornozeleiras eletrônicas dentro da Secretaria de Justiça de Rondônia (Sejus).
A ação é realizada pelo Gaeco e Polícia Civil de Rondônia, além do Gaeco de São Paulo (SP). São cumpridos vários mandados de busca e apreensão, emitidos pela 4ª Vara Criminal de Porto Velho, mas o número exato não foi divulgado.
Em nota enviada ao G1, a Secretária de Estado da Justiça diz estar colaborando com as investigações da Operação Armagedom e que entregou “todos documentos e informações solicitadas pelas autoridades competentes”.
Foram entregues todos documentos e informações solicitadas pelas autoridades competentes. A Sejus está está à disposição para dirimir quaisquer dúvidas.
Como a fraude funcionava?
Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), desde 2011 foram fraudados procedimentos licitatórios na aquisição de tornozeleiras eletrônicas destinadas ao monitoramento de detentos.
“Verificou-se que apesar de a empresa investigada apresentar preços excessivamente acima do mercado, esta obteve diversas vezes a prorrogação dos contratos de serviços de monitoramento eletrônico de Rondônia, mediante suposto pagamento de propina aos servidores públicos envolvidos”, diz o MP.
Conforme investigação, o esquema envolvia empresas, servidores públicos e agentes políticos. Os investigados devem responder por corrupção ativa e passiva, peculato, além de ilícitos civis caracterizadores de improbidade administrativa.
O valor do prejuízo causado aos cofres públicos não foi informado pelo Ministério Público.
A investigação da operação Armagedom é um desdobramento da Operação Termópilas (2011) e da Operação Plateias (2014).