Caixa foi procurada pela reportagem, mas não havia se manifestado até a publicação desse texto.
Os funcionários da Caixa Econômica Federal vão paralisar suas atividades nesta terça-feira (27), em protesto à abertura de capital da Caixa Seguridade, o braço da empresa responsável pela comercialização de seguros no país. A oferta pública de inicial (IPO) das ações na Bolsa de Valores está marcada para a próxima quinta-feira (29).
Segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve é também um pedido por maior proteção dos trabalhadores contra o novo coronavírus, e pela contratação dos aprovados no concurso de 2014.
A paralisação, prevista para durar 24 horas, foi aprovada em assembleias com votação eletrônica realizadas por sindicatos de todo o país ao final da semana passada, e, embora esteja prevista a adesão de somente 40% dos funcionários, movimento pode afetar quem recebe o auxílio emergencial. Está programado para esta terça (27) o pagamento da primeira parcela do benefício para cidadãos que fazem parte do Bolsa Família com NIS (Número de Identificação Social) final 7.
Neste caso, o saque do dinheiro é feito diretamente na Caixa, com o Cartão Cidadão. É possível sacar os valores nos caixas eletrônicos, e nas lotéricas. Mas quem enfrentar dificuldades pode ter que aguardar até a quarta-feira (28), quando há previsão de normalização do atendimento.
No Espírito Santo, a conselheira do Sindibancários-ES, Maria Goretti Falqueto, informou que, em função do pagamento do auxílio, a paralisação deve ocorrer parcialmente, durante duas horas, ainda nesta manhã. Regra vale tanto para os funcionários em regime presencial, quanto para aqueles que estão trabalhando em home office.
60% DOS FUNCIONÁRIOS VÃO TRABALHAR
Na madrugada desta terça (27), a Contraf-CUT publicou um novo comunicado, informando que a Caixa judicializou o conflito trabalhista perante o Tribunal Superior do Trabalho (TST), e conseguiu uma liminar determinando que sejam mantidos, em serviço, 60% dos empregados bancários e de suas subsidiárias em atividade, de forma remota ou presencial.
A decisão foi acatada pelos bancários, que exigiram somente que seja resguardada a saúde dos profissionais que precisarem manter as atividades.
“A mobilização dos empregados foi motivada por uma série de ataques, tanto contra a instituição financeira, como aos direitos históricos: a abertura de capital de uma das operações mais rentáveis da Caixa, a Caixa Seguridade; a pressão do governo para a devolução, pela Caixa, dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs); o pagamento, a menor, da PLR Social aos empregados; melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os bancários”, diz a nota da entidade.
Fonte: agazeta.com