Dos 8 feridos retirados dos escombros, um foi atendido no local e liberado. Sete pessoas foram levadas ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Duas das vítimas chegaram desacordadas. Entre os feridos está uma criança de 9 anos. Às 9h10, quatro vítimas tinham sido liberadas do Souza Aguiar.
Segundo os bombeiros, as vítimas encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar são Ana Q. Araújo, de 38 anos; Manoel L. Araújo, de 84 anos; Mauro L. Araújo, de 44 anos; Jair C. Silva, de 27 anos; Maria Márcia, de 28 anos, uma menina de 9 anos e Valdecir Galdino da Silva. Outra vítima, identificada como Carlos R. Tomás, de 22 anos, foi atendida e liberada no local. O número de atendidos, entretanto, pode aumentar: até por volta das 8h, bombeiros conseguiam ouvir gritos de pedidos de socorro entre os escombros.
Explosão
A causa da explosão ainda não está clara. Bombeiros suspeitam de vazamento de gás. Há fumaça na região. A explosão aconteceu por volta das 3h e foi tão forte que pode ser ouvida na região do Sumaré, a 6 km de distância do local.
A Prefeitura do Rio de Janeiro investiga se o acidente foi causado por um botijão de gás irregular em local fechado. Ainda de acordo com a prefeitura, os imóveis afetados não eram ligados à rede de gás encanado. Por precaução, o gás da região foi desligado, segundo a Companhia Estadual de Gás (CEG).
A explosão fez com que centenas de moradores deixassem seus imóveis, com medo de novas explosões e desabamentos. A força do deslocamento de ar chegou a quebrar vidros de muitos imóveis vizinhos.
A maior parte dos imóveis atingidos fica na Rua São Luiz Gonzaga, onde há pedaços de concreto, entulho e muito vidro espalhados.
Feridos
Uma menina ferida na explosão disse que foi salva por um armário que caiu numa posição em que ela ficou protegida. Ela ainda afirmou que não viu o momento da explosão e só se deu conta depois do que tinha acontecido quando foi retirada do local.
A mãe e o pai da criança, que também estão no hospital, estão abalados. Segundo o pai da menina, a casa da família ficou totalmente destruída. Eles moram na casa número 1 de uma vila que fica atrás do restaurante, da pizzaria e da farmácia destruídos.
Imagens mostram o local da explosão em São Cristóvão antes e depois da explosão (Foto: Reprodução/GoogleStreetView e GloboNews)
Resgate
Sete quarteis do Corpo de Bombeiro foram acionados para ajudar na ação e três cães farejadores ajudam no resgate a outras vítimas. Os bombeiros usam retroescavadeiras e serras elétricas na busca a possíveis vítimas soterradas.
Segundo outro morador da vila que fica no fundo dos imóveis destruídos, o susto na hora foi muito grande e as pessoas ficaram apavoradas. Segundo ele, muita gente pedia socorro.
“Foi um momento de terror, muita tensão, muita gente pedindo socorro, muita gente gritando, muita fumaça. A coisa realmente foi muita feia. Começou a cair tudo. A sorte é que a nossa [casa] não começou a cair de hora, mas a tensão primeiro foi sair lá de dentro. Foi tipo terremoto, tipo terremoto. A filha do João pedindo socorro, pois a parede do quarto caiu em cima dele e da esposa. Pessoal foi tirado a unha mesmo”, afirmou Ironildo Soares de Araújo, que diz ter perdido quase tudo, mas afirmou estar aliviado por ter sobrevivido.
Deslocamento de ar
A maioria dos imóveis vizinhos foi atingida em função do forte deslocamento de ar. Portas foram arrancadas, janelas quebradas e destroços arremessados a uma grande distância. Apartamentos em edifícios que ficam a cerca de 400 metros de distância dos imóveis que explodiram, ficaram com as janelas quebradas. Segundo testemunhas na região, o cheiro de gás era muito forte.
Interdição
O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que interditou um trecho da Rua São Luiz Gonzaga, entre o Campo de São Cristóvão e o Largo da Cancela, para o trabalho dos bombeiros. Há interdição também na Avenida do Exército, entre a Rua João Ricardo e o Campo de São Cristóvão. Há desvios e agentes de trânsito orientando motoristas na região.