Uma parceria entre os serviços de inteligência das polícias de Rondônia e Amapá resultou na prisão de Renato Rena de Carvalho, de 49 anos, conhecido como Japa. O foragido foi encontrado na noite de sexta-feira (11), em um hotel no Centro de Macapá. Ele responde por vários crimes como tráfico de drogas, homicídio e roubo.
Renato Rena foi preso em um hotel, em Macapá(Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá)
Renato Rena, cujo nome seria falso, seria na verdade Agenor Vitorino de Carvalho, um motorista que estaria envolvido em um esquema de compra de votos nas eleições de 2006, segundo denúncia do Ministério Público Federal de Rondônia (MPF-RO).
O processo resultou em pedido de cassação do então governador e hoje senador Ivo Cassol (PP-RO), e do ex-senador Expedito Júnior. Entre as acusações estão suborno, intimidação e ameaças a testemunhas envolvendo outros políticos de Rondônia.
A prisão do foragido foi feita pelo Batalhão de Rádio Patrulha Militar do Amapá (BRPM). Renato Rena também é suspeito de participar do roubo de uma carga de ouro de uma aeronave no Pará.
Foragido foi encontrado com vário documentosfalsos (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP)
Segundo o comandante do BPRM, tendente coronel Paulo Matias, foram apreendidos com ele passaportes com nomes falsos e cartões de bancos.
A polícia não sabe como ele veio parar no Amapá. Mensagens de celulares indicam que ele tinha contato com pessoas do estado.
“Houve um contato com o serviço de inteligência de Rondônia, através da coordenadoria de inteligência e operação da Sejusp [Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública]. Eles tinham a informação de que esse indíviduo se encontrava no Amapá. Ele foi localizado em um hotel e já tinha dois mandados de prisão em aberto”, disse o tenente coronel.
Segundo a reportagem do Amapá TV, da Rede Amazônica, o foragido tinha um madado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, pelo assalto a um helicóptero da Vale do Rio Doce, em Parauapebas, no Pará, de onde foi levada uma carga com 289 quilos de ouro.
O assalto foi em novembro de 1999. Ele e mais dez homens armados com fuzis e usando roupas camufladas teriam rendido a tripulação, pegado o ouro e fugido em carros fortes.
Renato Rena foi encaminhado para o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e deve ser transferido para Rondônia.
