Aquila Diniz Pereira, de 10 anos, uma das vítimas da colisão entre um ônibus e um caminhão na BR-364 no último sábado (28), está sendo transferida de avião para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Cosme e Damião em Porto Velho neste domingo (29).
A menina, filha do caminhoneiro Sérgio de Jesus Pereira, que morreu no acidente, apresenta um quadro de saúde muito grave, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Familiares informaram que com a colisão, ela teve fraturas no maxilar, um corte profundo no rosto, costelas fraturadas, traumatismo craniano e precisou passar por uma cirurgia para a retirada do baço.
O irmão dela, Adriel Diniz Pereira, de 5 anos, teve fraturas no fêmur e em duas costelas, e permanece internado no hospital de Vilhena (RO).
Das vítimas que foram atendidas após o acidente, quatro já haviam passado por cirurgias até a manhã deste domingo, segundo a direção do hospital, no entanto a unidade de saúde ainda não informou o quadro clínico de todos.
Como foi o acidente?
Colisão entre ônibus e carreta deixa vários feridos e mortos em Rondônia — Foto: Rômulo Azevedo/Arquivo Pessoal
Um ônibus de passageiros da empresa Bruna Turismo, que seguia na BR-364 sentido Porto Velho, a serviço da Transbrasil, colidiu frontalmente com uma carreta na noite do último sábado (28) entre Vilhena (RO) e Pimenta Bueno (RO). Seis pessoas morreram e 26 ficaram feridas, incluindo seis crianças e duas grávidas.
Cerca de 60 pessoas participaram dos trabalhos no hospital para atendimento às vítimas, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais.
O G1 conversou por telefone com um funcionário da Transbrasil por volta das 13h15, mas ele não quis se manifestar sobre o acidente. Funcionários que foram até o local da colisão remover as bagagens dos passageiros também não falaram sobre o caso.
Ônibus ficou destruído após colisão na BR-364 — Foto: Rômulo Azevedo/Rede Amazônica
Sobreviventes
Um agricultor de Cerejeiras (RO) Carmosino Ferreira da Silva, de 70 anos, estava no ônibus acompanhado da esposa, Maria Aparecida Santiago de Abreu, de 48 anos, e do sobrinho. Ele conta que na hora da colisão ouviu apenas um barulho muito alto e pessoas pedindo por ajuda.
“Eu só escutei aquele estrondo e ouvi gente gritar ‘meu Jesus, meu Jesus’, chamei a minha mulher, mas ela só estava com um corte. Depois que o bombeiro ajudou a gente a descer do ônibus que eu vi o que tinha acontecido. Nunca tinha visto uma coisa daquela. Vi as crianças, o motorista, minha pressão subiu demais e um policial já levou a gente para sentar. Minha pressão subiu, eu não consegui mais falar, fiquei entalado e me levaram para o hospital para tomar uma injeção. Minha esposa está internada, teve um corte, estava com enjoo e fez uma ultrassom. Graças a Deus estou vivo”, contou.
Outro passageiro, Cleverson Pires, contou que estava dormindo na hora do acidente e que não conseguiu ver bem o que tinha acontecido devido os ferimentos provocados pela colisão
“Na hora que eu tirei um cochilo eu escutei um estouro bem alto. Fui para trás e acabei batendo a cabeça. Desci pelo fundo do ônibus, que estava aberto, e estava chovendo e não deu para ver muita coisa na hora. Estava saindo bastante sangue do meu nariz e da minha testa”, disse.