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Jaru, 29 de novembro de 2024

‘Ficha não caiu’, diz jovem que sobreviveu a batida que destruiu carro

Quase dez dias após sobreviver a um grave acidente, próximo ao campus da Universidade Federal do Acre (Ufac), o motorista Tiago Silva, de 21 anos, foi ver de perto o estado em que o carro dele ficou. A colisão envolveu outros três veículos no último sábado (19). Tiago estava sem o cinto de segurança e ficou preso às ferragens. Ele teve o pulmão perfurado e deslocou os fêrmures.

Impressionado com os ferros retorcidos, Tiago lembra que havia investido R$ 20 mil em modificações no veículo, modelo Gol, pois era um item de colecionador. Ele lembra ainda que o carro raramente era usado, a não ser em exposições automotivas.

“Foi perda total no carro. A ficha ainda não caiu, é uma coisa impressionante. Acho que nasci de novo naquele dia, foi um milagre”, destaca.

Dentro do veículo também estavam o pai de Tiago e um amigo para quem dava uma carona até o bairro Calafate, em Rio Branco.

“Acordei meu pai e o amigo e perguntei se estava tudo bem. O amigo que estava atrás quebrou as pernas e os dois braços. Meu pulmão perfurou e desloquei os dois fêmures. Na hora eu cuspi muito sangue, estava me engasgando. Acho que a ajuda não tivesse chegado tão rápido, não teria sobrevivido”, disse.

sua pista na contramão para fazer uma ultrapassagem e os dois carros bateram de frente.

“O outro carro estava cortando tudo a uma velocidade de ao menos 140 km/h, eu estava a 40 km/h. Após bater de frente com a gente, um outro carro que estava atrás bateu na minha traseira e capotei e bati em outro veículo”, lembra.

Após o impacto, Tiago só lembra de ter acordado preso às ferragens. O jovem conta que tudo aconteceu muito rápido, por isso, ele e o amigo não tiveram tempo para colocar o cinto de segurança, somente o pai usava o equipamento.

“Quando acordei lembrei que tinha abastecido o carro, havia mais de 30 litros de combustível no tanque. Vi uma fumaça, o motor estava pegando fogo e pensei que morreria naquele momento. Ainda não acredito no que aconteceu, achei que não sobreviveria”, finaliza.

Sobrevivente havia investido em R$ 20 mil em carro que era usado em exposições (Foto: Felício Santiago/Arquivo Pessoa)
Sobrevivente havia investido R$ 20 mil em carro que era usado em exposições

 


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