O preço do quilo do feijão vem numa crescente desde o fim do ano passado. A alta no preço do alimento é o reflexo de duas safras consecutivas ruins da cultura nos principais Estados produtores do País. A primeira safra de feijão, colhida no início de janeiro, sofreu com excesso de chuvas nos Estados do Paraná (PR) e Minas Gerais (MG), maiores produtores do País. “Houve excesso em algumas regiões ao ponto de não conseguir colher. O que restou em maior quantidade foi um feijão de qualidade inferior, chamado de chuvado”, explica o consultor técnico da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Pedro Arantes.
Já a segunda safra, plantada em janeiro e que está sendo colhida agora, sofreu com a seca. No Paraná, a quebra preliminar é de 9%, mas esse índice pode ser maior. Uma praga da cultura, a mosca branca, também causou prejuízos para produtores de Minas e Bahia. “Como é uma das últimas culturas que sobram no campo, a mosca branca sai da soja e ataca o feijão”, explica Arantes.
O resultado prático da briga de São Pedro com os produtores é que o consumidor já paga, até abril, 22% a mais pelo quilo de feijão em Goiânia, desconsiderando estimativa preliminar de aumento de 10% somente neste mês, conforme pesquisa de índice de Preços ao Consumidor do Instituto Mauro Borges (IMB/Segplan).
E como uma das comidas preferidas dos brasileiros, o feijão se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais por seu valor atual: alguns, inclusive, indicando que o saco do grão seria um ótimo presente para comemorar o Dia dos Namorados.
Confira os memes:
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