O falso curandeiro Edinei Honorato Lopes, 36, conhecido como “Maníaco do telefone”, foi preso na noite desse sábado (2) quando tentava entrar no estado de Rondônia.
Edinei estava com mandado de prisão em aberto em Mato Grosso desde março de 2018 suspeito de exigir que crianças e adolescentes enviem fotos e vídeos íntimos através do WhatsApp, com a ameaça de que serão amaldiçoados se não mandarem. Na ação, 29 adolescentes constam como vítimas de Edinei.
Conforme a Polícia Rodoviária Federal de Rondônia (PRF-RO), Edinei estava de carona em um caminhão que foi abordado pelos policiais.
Ele teria apresentado um nome falso e disse que estava sem documentos.
Os policiais suspeitaram do nervosismo do homem, que seguida de Comodoro, a 677 km de Cuiabá, e fizeram algumas perguntas. Ele então confessou que estava sendo procurado pela Polícia Civil de Mato Grosso.
Ele foi denunciado por aplicar golpes por meio de aplicativo de mensagens de celular e, com a promessa de livrá-las de suposto feitiço, as orienta ficarem nuas e passarem sal no corpo, ao mesmo tempo em que ele acompanha o ritual por chamada de vídeo.
Edinei foi preso pela PRF — Foto: PRF/Assessoria
As investigações feitas pelas delegacias de Defesa da Criança e Adolescente da região metropolitana, e unidades do interior de Mato Grosso, em conjunto com a Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), identificaram que o suspeito entra em contato com vítimas do sexo feminino por meio do WhatsApp, afirmando que foi contratado para fazer um trabalho espiritual contra a criança ou adolescente.
O objetivo do “trabalho” seria fazer a vítima ficar paraplégica e perder todo o cabelo. O investigado então declara que se a menor enviar fotos e vídeos íntimos não fará o feitiço.
Edinei já foi preso duas vezes. O suspeito foi preso pela primeira vez em outubro de 2013, em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), quando fez cerca de 40 vítimas, agindo da mesma maneira, fazendo ameaças enviadas através de mensagens no aparelho celular.
Colocado em liberdade condicional com uso de tornozeleira eletrônica, o suspeito voltou a ser preso em junho de 2015, após ser flagrado com celulares com fotos de vítimas, menores de idade.