Uma equipe de TV americana teve parte dos equipamentos destruídos por indígenas da etnia Munduruku durante protesto na BR-163, no distrito de Campo Verde, em Itaituba no sudoeste do Pará. Cerca de 150 indígenas participam da interdição na estrada.
Os jornalistas faziam a cobertura da interdição da rodovia que já dura cinco dias. Eles foram intimados pelos manifestantes que pedem a legalização da atividade garimpeira em reservas indígenas da região, que são protegidas por lei.
Um grupo de indígenas pegou alguns equipamentos que foram destruídos a pauladas e depois queimados.
Imagens de celular mostram o momento em que a equipe é cercada pelos indígenas. O jornalista Pedro Andrade, que está fazendo a reportagem internacional, falou com os indígenas (veja no vídeo abaixo).
“Tenho sim respeito, sei o quão difícil é ser Munduruku hoje em dia e tenho admiração pelas mulheres guerreiras que eu sei que lideram esse movimento”, disse.
Indígenas cercam equipe de TV americana em protesto na BR-163 no Pará
Por causa do bloqueio, uma grande fila de caminhões se formou nos dois lados da pista. São caminhões de grãos e cargas e veículos de passeio que estão impedidos de seguir viagem.
Uma equipe da Polícia Militar esteve no local e tentou negociar com os manifestantes e parte dos equipamentos foram recuperados.
Em nota, a corporação disse apenas que foi acionada para retirar a equipe de imprensa. Sobre uma suposta postagem do fato que teria sido feita por um agente da corporação em uma rede social, a PM esclarece que vai apurar os fatos.
A reportagem ainda aguardava posicionamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) até a última atualização da matéria.