As investigações que identificaram a organização tiveram início após a denúncia feita pela família de uma rondoniense que teria sido sequestrada, estuprada e também sofrido tentativa de homicídio por supostos atravessadores — também chamados de “coiotes”.
A vítima teria se deslocado de Rondônia para o México, através da agência de viagem alvo da operação, e, na tentativa de atravessar a fronteira do país com os EUA, foi violentada e teve a vida ameaçada.
Investigações
Durante as investigações, a PF percebeu atuações consideradas “atípicas” por parte da empresa que emitiu a passagem da vítima. Como exemplo, as suas atividades, em sua grande maioria, consistem em enviar pessoas para o México.
Além disso, apesar de ser uma agência instalada recentemente, em um curto período de tempo as movimentações financeiras eram milionárias. Essas e outras características indicaram uma possível prática de lavagem de dinheiro.
Operação
Ao total, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Federal de Porto Velho. A operação foi deflagrada em Rondônia e Rio Grande do Norte.
A decisão também estabeleceu aos investigados: uso de monitoramento eletrônico, proibição de se ausentar do país e suspensão de atividades relativas ao setor de viagens e turismo por parte da agência.
Os bloqueios feitos nas contas das três pessoas físicas e uma pessoa jurídica alvo da operação somam mais de R$ 17 milhões. Também foram apreendidos equipamentos eletrônicos e documentos encontrados nas residências dos suspeitos e na empresa.