A estatal federal Eletrobras autorizou a venda da distribuidora de energia Celg-D, que atende o Estado de Goiás, mas adiou uma decisão sobre a privatização de suas outras seis concessionárias que atendem Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima, segundo sumário de assembleia geral realizada nesta segunda-feira (28).
A reunião de acionistas da Eletrobras aprovou ainda a renovação da concessão da Celg-D, bem como a realização de leilão de desestatização da distribuidora na BM&F Bovespa, que poderá movimentar ao menos R$ 2,8 bilhões, considerando as parcelas detidas pela estatal federal, pelo Estado de Goiás e empregados e aposentados da companhia.
Segundo o resumo da reunião divulgado pela estatal, a venda da Celg-D fica condicionada à aprovação da conversão da dívida da companhia goiana em moeda estrangeira para reais, proposta que depende de aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Eletrobras havia submetido à apreciação na assembleia um plano para viabilizar a venda de todas suas deficitárias distribuidoras até o final de 2016, mas o assunto – com exceção do item relacionado à Celg – foi retirado da pauta do encontro “por solicitação do acionista controlador”, segundo o documento.
O governo federal também retirou de pauta, na assembleia, um pleito da Eletrobras para que a União “viabilizasse, até o final de 2016, o aumento de capital” de seis distribuidoras (Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima) e para que fosse autorizada a assinatura da prorrogação dos contratos de concessão dessas companhias, que estão vencidos desde julho deste ano.
O documento sobre a assembleia não revela se e quando os itens não deliberados voltarão a ser discutidos.