Após a morte de uma paciente, a família optou por fazer a doação de órgãos. Foram captados os dois rins e um fígado.
O procedimento durou cerca de cinco horas: começou por volta de 21h da quarta-feira (19) e foi finalizado às 2h da quinta (21). Uma equipe médica viajou de Brasília para auxiliar na captação que aconteceu em um hospital particular.
“Nós tivemos vários profissionais envolvidos, técnicos de enfermagem, médicos, cirurgiões, anestesistas. Tivemos também uma equipe de fisioterapia, psicólogo pra também amparar a família. É um prazer participar da mudança da história de outras pessoas”, comentou a cirurgiã vascular e diretora da unidade de saúde, Renata Camila Barros.
Assim que os órgãos foram coletados, um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) já estava à espera para levá-los até os destinatários. Os pacientes que podem ter a vida salva pela doação são do Distrito Federal, do Pará e de Goiás.
Órgãos foram captados em Ji-Paraná e transportados de avião — Foto: Gedeon Miranda/Rede Amazônica
Além da retomada do procedimento, a captação do fígado, especificamente, é algo inédito em Ji-Paraná. De acordo com a unidade de saúde, normalmente essas cirurgias são realizadas em Porto Velho, distante mais de 300 km.
A expectativa da unidade agora é preparar a estrutura para fazer também o transplante de órgãos. O objetivo é beneficiar pessoas que estão à espera de um órgão em todo Brasil, mas principalmente em Rondônia.
”Muito gratificante. A gente tem a noção do sofrimento da pessoa que está esperando por um órgão e agradece a família que decide por doar, por salvar vidas. Então a gente espera que esse seja o início de um grande projeto, de um grande ganho para Ji-Paraná”, comentou o cirurgião, Francisco Siosney.