A atuação parlamentar do deputado estadual Marcelino Tenório (PRP – Ouro Preto) junto ao governo estadual, somado ao esforço em Brasília (DF) dos deputados federais Luiz Cláudio (PR) e Nilton Capixaba (PTB), é o último recurso que poderá impedir o leilão do armazém da extinta Cagero (Companhia de Armazenamento Geral de Rondônia), ou Cibrazem, nome original do complexo de armazéns construído em Ouro Preto d’Oeste pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), inaugurado em 1979, pelo presidente João Baptista Figueiredo.
O leilão do armazém localizado na Avenida Capitão Silvio Gonçalves de Farias nº 37, está previsto para acontecer na próxima sexta-feira, conforme Edital de Concorrência Pública CONAG/SUREG/RO nº 37; o lance mínimo é de R$ 1.250.000,00 (um milhão duzentos e cinquenta mil reais).
Após o pedido feito pelo deputado Marcelino diretamente ao governador Confúcio Moura para que ele intercedesse a favor da cedência do armazém para o governo estadual, o secretário de Estado da Agricultura (SEAGRI), Evandro Cesar Padovani, enviou oficio no dia 6 de outubro ao presidente da CONAB Francisco Marcelo Bezerra solicitando a suspensão do leilão de sexta-feira, e pleiteando a transferência do armazém de Ouro Preto, Alto Paraíso, de Alvorada d’Oeste, Colorado d’Oeste, Rolim de Moura e de Vilhena.
O argumento do titular da Seagri/RO é de que os armazéns estão em municípios estratégicos para a logística de armazenamento da produção, pois abrange as regiões Norte, Centro e Sul do estado, também servirão para associações utilizarem no armazenamento de calcário, dentro do Programa Estadual de Correção da Acidez dos Solos e ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o qual enseja a “Compra Direta da Agricultura Familiar”.
A resposta à solicitação da Seagri é aguardada com expectativa, tendo em vista que seis associações rurais de Ouro Preto do Oeste contam apenas com o armazém da extinta Cagero para armazenarem 600 toneladas de calcário que será destinada ao município no próximo mês. Na região Central, o armazém localizado na cidade e Jaru virou depósito do centro de distribuição de uma rede de supermercados rondoniense, e o de Machadinho d’Oeste também foi leiloado para a iniciativa privada.