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Jaru, 26 de novembro de 2024

‘Dei à luz um monstro’, diz mãe de jovem recrutada pelo Estado Islâmico

Fatima Dzharfarova, de 20 anos, morava com a mãe Shakhla Bochkaryova, de 41, naRússia, quando decidiu mudar-se para a Síria para se casar com um militante doEstado Islâmico. Hoje, a mãe se arrepende da filha que teve. “Dei à luz um monstro”, disse Shakla.

De acordo com as informações do Daily Mail, mãe e filha eram próximas até o momento em que Fatima foi estudar em uma universidade na Sibéria. Lá, ela conheceu seu parceiro, conhecido apenas como Abdulah, que a recrutou para o grupo terrorista.

Segundo Shakla, a filha era fissurada por moda e vivia uma vida normal. “Ela usava maquiagem e sempre cuidou de si. Possuía vários cosméticos e joias, e também sempre cuidou dos cabelo”, disse a mulher, que é uma muçulmana não-praticante.

Contudo, três meses após entrar na universidade, Fatima mudou completamente. Se recusando a comemorar o Natal e parando de responder as ligações da mãe, a moça passou a usar lenços em torno de sua cabeça. O estopim aconteceu quando Abdulah pediu a mão da moça em casamento, que Shakhla recusou.

“Ele disse que amava Fatima e ela amava ele. Mas ele tem três esposas e uma delas estava grávida quando ele quis se casar com minha filha”, explicou.

Revoltada, Fatima fugiu com o namorado mesmo após ter sido acorrentada pela mãe, na tentativa de impedí-la. “Ela me disse ‘nossos irmãos virão e matarão infiéis iguais a você. Eles vão cortar suas cabeças com facas'”, contou a mulher. “Eu olhei para ela e não consegui mais identificar minha filha. Ela era simplesmente uma parte da minha filha, sem alma, sem pensamentos, sem coração”, desabafou a mãe.

Shakhla alegou que o serviço secreto russo confirmou que sua filha está na Síria.

Em uma publicação recente, Fatima elogiou os atentados em Paris e menosprezou as vítimas. “Nós, os muçulmanos, nos sentimos assim todos os dias, por muitos anos”, disse.

“Eu ficarei fora de mim se ela matar alguém. É melhor não viver do que ser mãe de uma terrorista”, concluiu Shakhla.

(Foto: Reprodução/Daily Mail)


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