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Jaru, 6 de novembro de 2024

Criado na pandemia, serviço de telemedicina avança em Rondônia e eleva o número de atendimentos

O avanço da telemedicina em Rondônia tem avançado nos últimos meses, tanto na rede privada de saúde quanto na pública. No último mês de maio, por exemplo, 462 teleconsultas foram ofertadas a rondonienses que precisaram de atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

A telemedicina, iniciada na pandemia para evitar que pacientes com sintomas leves de Covid fossem aos Postos de Saúde, é uma forma de prestação de serviços médicos à distância, utilizando tecnologias e comunicação para conectar médicos e pacientes, independentemente da distância física entre eles.

Esse avanço tem sido impulsionado pelo desenvolvimento tecnológico e pela necessidade de expandir o acesso aos cuidados de saúde em áreas remotas e carentes de recursos médicos.

Para o cirurgião plástico Daniel Botelho, uma das principais vantagens da telemedicina em Rondônia é a capacidade de conectar médicos especialistas, localizados em centros urbanos, com pacientes que residem em áreas remotas.

Isso possibilita a realização de consultas, diagnósticos e até mesmo a prescrição de medicamentos sem que o paciente precise se deslocar grandes distâncias. Além disso, a telemedicina permite o compartilhamento de exames e resultados laboratoriais de forma rápida e segura, o que agiliza o processo de diagnóstico e tratamento.

“Um ponto importante é o aumento da adesão da telemedicina por parte dos pacientes em Rondônia. Com o avanço da conectividade e a disseminação de dispositivos móveis, a população está mais receptiva com uma alternativa viável de atendimento médico. A comodidade de poder realizar uma consulta sem sair de casa, a redução dos custos com deslocamento e a diminuição do tempo de espera por atendimento são aspectos que têm contribuído para essa adesão”, comentou.

Apesar de todos os benefícios, é importante ressaltar que a telemedicina não substitui completamente o atendimento presencial, especialmente em casos de maior complexidade ou emergências médicas. No entanto, ela se configura como uma ferramenta complementar e de grande utilidade para melhorar o acesso à saúde em regiões remotas, como é o caso de muitas localidades em Rondônia.

“É importante pensarmos na telemedicina como uma alternativa para driblar as dificuldades enfrentadas pelo público para agendar e estar presente em consultas médicas. Vale lembrar que de qualquer forma essa modalidade de atendimento tem contribuído para superar barreiras geográficas, melhorar o acesso à assistência médica especializada e garantir atendimentos de qualidade”, diz.

O que é considerado telemedicina e como ela é feita?

 

A telemedicina é o atendimentos de saúde a distância, usando tecnologias de informação e de comunicação.

A ideia de regulamentar a telemedicina no país, já estava em discussão há duas décadas, mas só na pandemia é que o projeto foi colocado em prática, depois que uma lei foi aprovada no Congresso Nacional, autorizando as teleconsultas, só que em caráter emergencial, apenas durante a crise sanitária.

Há um ano, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou a prática de consulta médica online no Brasil. Entre uma das regras, o médico passou a ter autonomia para escolher modalidade da consulta. Além disso, valor cobrado para serviço online deverá ser o mesmo do presencial.

A resolução também prevê:

  • Médico decide se consulta pode ou não ser presencial;
  • Paciente tem que concordar;
  • Ddaos dos pacientes devem ser preservados;
  • Pacientes com doenças crônicas não podem ficar mais de 6 meses sem consulta presencial.

Quem utiliza o serviço de telemedicina, como o estudante Cleiton Jean Gomes, de Porto Velho, o fato de não pegar filas para uma consulta médica é um dos melhores benefícios da consulta pela internet.

“Geralmente você marca o horário, acessa o aplicativo ou a ferramenta virtual usada pelo médico e daí só contar o que está acontecendo. Quando eu consulto online, se o caso/suspeita do problema de saúde for simples, o médico já envia a receita pelo aplicativo. Se não, agenda uma consulta presencial ou pede exames em laboratórios”, diz o jovem de 27 anos.

Segundo Cleiton, desde a pandemia ele já consultou vários profissionais de saúde por meio da internet, como clínico geral, psicólogo e nutrólogo, por exemplo.

G1


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