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Jaru, 25 de novembro de 2024

Coronavírus: profissionais de saúde denunciam falta de componente nos respiradores do Cemetron

Profissionais da saúde que trabalham na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), em Porto Velho, denunciaram a falta de um componente de segurança nos respiradores, usado para aspirar o paciente diagnosticado com o novo coronavírus. Eles dizem que sem essa sonda todos correm risco de contágio durante os procedimentos.

Por telefone, uma enfermeira que trabalha na unidade, que preferiu não ser identificada, explicou à Rede Amazônica que os respiradores estão sem o equipamento básico.

“Mas o Estado não providenciou isso. Isso porque é algo que é básico pra esse paciente de Covid. Então, os enfermeiros e os fisioterapeutas que realizam esse procedimento estão fazendo esse procedimento repetidamente, porque tem que ser feito várias vezes no paciente. Estão se expondo em alto risco”, disse.

O médico Rodrigo Almeida enviou um vídeo à reportagem explicando a importância do servidor da saúde não ter nenhum tipo de contato com a secreção do paciente infectado, pois o risco de contaminação é realmente grande. Cada respirador deve ter esse sistema.

“Ele já é um aspirador acoplado no tubo que faz com que eu consiga aspirar sem tirar o filtro e sem fazer com que eu abra o sistema, evitando, assim, tanto a contaminação do meio ambiente, dos profissionais da área da saúde, e ao mesmo tempo eu não abro o sistema, não faço com que o paciente fique sem a utilização do ventilador naquele momento”, disse.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) informou que o material não é fabricado no Brasil, mas sim importado principalmente da Itália, Alemanha e Estados Unidos, países que também enfrentam a pandemia e a demanda do mesmo material.

Ainda segundo a pasta, já foram feitos chamamentos públicos para comprar o material, mas o Estado não teve sucesso. Afirmou também que está em fase de avaliação a aquisição via parceiros. O intuito é a compra de sete tipos de sonda, chegando a um total de 4,2 mil unidades desde o infantil ao tamanho adulto.

O Conselho de Enfermagem informou que, até o momento, não recebeu nenhuma denúncia sobre a falta do sistema fechado. Disse que soube através da produção da Rede Amazônica e, por isso, não quis se pronunciar antes de verificar com os profissionais. Procurado, o Conselho de Medicina explicou que irá fazer uma vistoria no Cemetron.


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