Confúcio Moura participa de sanção presidencial de Projeto que relatou e solicita a instalação de mais unidades do IFRO em Rondônia
O parlamentar Rondoniense também enfatizou a sanção do presidente que criou marco regulatório do ensino médio e ainda a lei que institui os conselhos escolares
Em pronunciamento nesta quinta-feira (3), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) enfatizou o encontro com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, quarta-feira (2), que sancionou os projetos denominados de marco regulatório do ensino médio e da criação dos conselhos escolares. Durante o encontro também foi debatido em conjunto com o ministro da Educação, Camilo Santana, a expansão dos Institutos Federais, ênfase no estado de Rondônia.
O senador Confúcio Moura enfatizou que os dois projetos sancionados pelo presidente Lula na área de educação são extremamente importantes. Segundo ele, o projeto sobre o ensino médio profissionalizante, chamado de marco regulatório do ensino médio, de autoria do atual Prefeito de Recife e ex-deputado Federal, João Campos, (PSB-PE), é um legado muito importante. O projeto foi relatado pela deputada Tábata do Amaral (PSB-SP).
Em sua fala, Confúcio Moura lamentou que hoje o ensino médio no Brasil não é avaliado e que apenas a creche e a educação básica são. “Esse novo ensino médio que vamos implantar, que já está aprovado, logicamente precisaria de uma avaliação da qualidade da educação média e profissional do Brasil. Então, como está previsto na nova lei, ela é uma lei providencial”, disse o senador.
O outro projeto sancionado pelo presidente Lula, relatado por ele na Comissão de Educação do Senado , que institui os conselhos escolares é de autoria da deputada Luíza Erundina (Psol-SP), é do ano de 2008. “Erundina está ainda na Câmara, infelizmente ela estava adoentada ontem e não pôde comparecer ao Palácio do Planalto para também ser laureada e homenageada”, disse Confúcio.
De acordo com o senador, Erundina apresentou esse projeto que cria os conselhos escolares e os fóruns populares para que a avaliação de desempenho das escolas envolvesse todos os que são afetados por ela. “Esse projeto chama todo o mundo para dentro das escolas, provoca um debate interno e externo sobre a qualidade da educação e tem enorme chances de, definitivamente, compartilhar responsabilidades sobre os resultados produzidos por todos”, enfatizou.
Durante a reunião também foi debatido, com a presença do Ministro da Educação, Camilo Santana, a expansão dos Institutos Federais de Educação no Brasil. “Na época do Fernando Henrique, nós queríamos ampliar o ensino médio no Brasil. Tinha 146 Escolas Técnicas Federais aproximadamente naquela época. A gente lutou, lutou, lutou os oito anos. E nós não conseguimos aumentar. Eu acho que uma ou duas, ficou nisso. E no mandato do Lula, chegou a 400 escolas, e mudou o nome de Escolas Técnicas Federais para Institutos Federais de Educação”, lembrou Confúcio Moura.
O Parlamentar disse que a meta atual do Governo é ampliar para 600 Institutos Federais de Educação no Brasil. “Muitas cidades médias brasileiras que não têm um Instituto Federal de Educação terão a oportunidade de ter agora, neste mandato do Presidente Lula. E nós estamos querendo levar mais algumas unidades para Rondônia, onde a demanda é crescente. E é de uma importância muito grande. Os institutos federais mudam a vida das pessoas. Além de formar técnicos de nível médio capacitados para o mercado, também eles entram no mercado de trabalho e podem custear seu curso superior, se for o caso. E a grande, esmagadora maioria dos professores dos Institutos Federais de Educação são mestres e doutores. São altamente qualificados”, disse o senador.
Rondônia demanda por mais Instituto Federal
Na avaliação do senador, a formação de mão de obra qualificada é muito importante para o Brasil. Para ele, o grande gargalo, o grande atraso brasileiro é a falta de mão obra qualificada para abastecer as empresas nacionais. A solução para isso e oferecer a essa juventude de 17, 18 anos condições para ao acesso ao mercado de trabalho imediato. E lá mais para frente, depois de ter o emprego dele, ganhar R$ 3 mil, R$ 4 mil, R$ 5 mil, R$ 6 mil, R$ 7 mil, eles mesmos vão escolher a sua faculdade com mais maturidade.
“Hoje o pai pergunta ao filho: você vai ser médico? Meu filho vai ser isso, vai ser aquilo. A gente já dita qul profissão o filho vai ter, sendo que o mercado hoje é de uma volatilidade imensa. E às vezes, o curso que a gente quer que o filho faça, ele não serve para nada anos depois.
Então, é melhor amadurecer o menino pobre num curso técnico profissional, para mais tarde, ele, com dinheiro do bolso, conseguir fazer o curso que ele desejar, escolhendo com consciência aquilo que melhor lhe parecer”, afirmou Confúcio Moura.
Confúcio Moura, que tem a educação como a bandeira central do seu mandato, visitou alguns municípios em Rondônia no recesso do meio do ano e constatou a necessidade de mais unidades do Instituto Federal. “Eu visitei dez municípios de Rondônia e alguns deles necessitam do Instituto Federal. São municípios médios para os padrões do estado, polos regionais, com economia pujante e em pleno desenvolvimento. Sem o ensino médio eficiente, logo esbarrarão na falta de mão de obra. Se isso ocorrer, todo mundo perde, o Brasil perde. Por isso o meu pleito para que o ministro Camilo Santana considere nos atender com as unidades do Instituto Federal que precisamos”, concluiu Confúcio Moura.