O papel de Alisson na conquista da Premier League pelo Liverpool reacendeu os debates sobre sua posição entre os melhores goleiros do futebol mundial.
A presença imponente do brasileiro entre os postes foi fundamental não apenas para o sucesso de Arne Slot em Anfield, mas também para manter seu status de indiscutível número um do Brasil rumo ao ciclo da Copa do Mundo de 2026.
A Seleção estará entre as favoritas da casa de aposta para levantar o troféu e precisará de um goleiro de ponta para cumprir a missão.
Aos 31 anos, Alisson está na idade perfeita para sua posição – experiente o suficiente para ler o jogo instintivamente, mas ainda possuindo os reflexos e o atletismo que o tornaram um dos goleiros mais cobiçados do mundo.
Sua distribuição continua exemplar, suas defesas são tão confiáveis como sempre, e sua liderança na defesa do Liverpool continua a definir o padrão para os goleiros modernos. Seu contrato em Anfield termina em 2027 e, com a chegada de Giorgi Mamardashvili, do Valencia, os torcedores dos Reds vão querer aproveitar ao máximo cada momento que ainda lhes resta com seu goleiro titular.
Mas como Alisson se compara aos seus contemporâneos que também competem no mais alto nível? Veja como ele se sai em relação aos melhores goleiros do mundo.
Ederson (Manchester City)
Embora Ederson tenha passado grande parte do ano passado como reserva de Alisson na seleção nacional, ele continua sendo um goleiro de elite por mérito próprio.
Sua distribuição é indiscutivelmente a melhor do mundo — um verdadeiro jogador de campo com luvas de goleiro — e sua capacidade de ditar o ritmo do jogo é vital para o sistema de Pep Guardiola.
No entanto, Ederson perdeu parte da temporada 2024/25 devido a lesões e rodízio no elenco, dando a Alisson uma vantagem em termos de consistência e defesas. Pelo Brasil, o brilhantismo de Ederson é evidente, mas é difícil contestar a hierarquia: Alisson ainda é o melhor.
Emi Martinez (Aston Villa)
Continuando na América do Sul, o herói da Argentina na Copa do Mundo continua provando que sua qualidade não foi apenas um acaso no torneio, estabelecendo-se como um dos goleiros mais confiáveis da Europa desde sua revelação.
A habilidade de Emi Martinez em defender pênaltis continua inigualável, enquanto sua liderança vocal e táticas de guerra psicológica fazem dele um pesadelo para os atacantes adversários.
Atualmente em busca de uma transferência para um clube maior, suas atuações pelo Villa e pela Argentina sugerem que ele merece ser mencionado ao lado dos melhores.
Sua capacidade de atuar em momentos cruciais, desde finais de Copa do Mundo até noites de Liga dos Campeões, demonstra a mentalidade que separa os bons goleiros dos grandes.
Agustín Rossi (Flamengo)
Rossi se consolidou como goleiro titular do Flamengo, apresentando atuações consistentemente sólidas nas competições nacionais e continentais.
Embora continue sem sorte por estar atrás de Martinez na hierarquia da seleção argentina, oportunidades futuras como o Mundial de Clubes e o campeonato nacional – onde o Flamengo é favorito com aposta Copa do Brasil se conseguir superar o Atlético Mineiro – oferecem a ele o palco perfeito para reivindicar seu reconhecimento internacional.
Gianluigi Donnarumma (Paris Saint-Germain)
A cotação de Gianluigi Donnarumma nunca esteve tão alta após a conquista da primeira Liga dos Campeões do Paris Saint Germain, onde ele fez uma série de defesas espetaculares para impedir o Inter de Milão na final, além de atuações sólidas na campanha rumo a Munique.
A presença imponente e a habilidade de defender chutes do italiano amadureceram muito desde seus dias no AC Milan, com suas atuações na Liga dos Campeões provando que ele se destaca sob os holofotes.
Com apenas 26 anos, Donnarumma representa o futuro dos goleiros de elite, combinando a excelência tradicional na defesa de chutes com habilidades modernas de distribuição.
Sua vitória no Campeonato Europeu com a Itália e agora o sucesso na Liga dos Campeões com o PSG consolidaram seu lugar entre os melhores goleiros do mundo.
Thibaut Courtois (Real Madrid)
Depois de perder a maior parte da temporada 2023/24 devido a uma lesão no ligamento cruzado anterior, Thibaut Courtois voltou para ajudar o Real Madrid a terminar a campanha com força, lembrando a todos porque é considerado um grande goleiro moderno.
No seu melhor, Courtois é quase imbatível: seu tamanho, reflexos e habilidade no um contra um fazem dele uma muralha no gol. Embora a idade e as lesões tenham começado a pesar, sua forma recente sugere que ele continua no nível de elite.
Em comparação com Alisson, Courtois é mais imponente, mas um pouco menos ágil. Ambos são de classe mundial e, em grandes jogos, muitas vezes é difícil escolher entre os dois, mas o belga levou a melhor sobre o brasileiro quando se enfrentaram na final da Liga dos Campeões de 2022, com vitória do Real Madrid por 1 a 0 em Paris.



