Como medida preventiva, a Companhia de Águas e Esgotos (Caerd) deu início a obras de expansão nas estações de água do estado.
Segundo o secretário da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Seosp) de Rondônia, Elias Rezende, serão investidos R$ 130 milhões em obras de melhoria, como parte de um projeto que inclui:
- Ampliações da captação de água em estações de tratamento na capital e no interior;
- Expansão da rede de distribuição em mais de 36 cidades.
Aumento da vazão
Em Porto Velho, as obras devem aumentar a capacidade de vazão da estação e alcançar cerca de 500 quilômetros de rede de água tratada, que deve atender 61 bairros.
“Atualmente, a estação produz 600 litros por segundo. Já a capacidade dessa outra estação será de 1000 litros por segundo. Ao final desta obra, a estação terá a capacidade de vazão de 1.600 litros por segundo”, explica Elias.
A água tratada na estação deve ser direcionada para os reservatórios que estão prontos e para os que estão sendo construídos em áreas específicas da cidade, de acordo com o secretário.
Projeto inclui a ampliação da captação de água nas estações de tratamento e expansão na rede de distribuição — Foto: Edson Gabriel/ Rede Amazônica
Já no interior do estado, as estações de Jaru e União Bandeirantes aumentarão sua produção de água para 60 litros por segundo. Além disso, em Ji-Paraná, a estação também será ampliada para 120 litros por segundo.
Seca severa
O Monitor de Secas, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), revelou um cenário preocupante em relação às condições de seca para Rondônia ao longo de 2024. A situação indica uma escassez maior de água tanto em municípios rondonienses, quanto no estado do Mato Grosso.
Montanhas gigantes de areia e pedrais durante a seca do rio Madeira em 2023 — Foto: Thiago Frota / Rede Amazônica
Segundo a ANA, entre novembro e dezembro do ano passado, foram identificadas áreas com seca grave e extrema nos rios rondonienses, principalmente no sul de Rondônia e no oeste do Mato Grosso.
De acordo com a análise do Comitê de Crise Hídrica de Rondônia, os rios do estado vão atingir, no máximo, 60% de suas capacidades totais durante o período chuvoso. Mesmo com essas chuvas decorrentes do ‘inverno amazônico’ amenizando a situação, o problema não será resolvido.
Isso porque, segundo o Comitê, os efeitos do “El Niño” duram aproximadamente três anos, ou seja, seus reflexos serão sentidos até meados de 2025.
Colaboração: Fábio Diniz e Edson Gabriel (Rede Amazônica)